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Flávio Dino ontem e hoje…

O artigo abaixo foi escrito pelo atual governador do Maranhão, e publicado no Jornal Pequeno em 9 de fevereiro de 2014, há quase um ano, por ocasião da barbárie em que o Maranhão se encontrava. O blog destaca os pontos que considera mais fundamentais no pensamento de Dino. E entremeia o texto com links de outros textos, sobre o atual momento na Segurança Pública do estado

 

“A SMDH

Há seres humanos especiais que nos iluminam com seu exemplo ao transformar sua existência neste plano terrestre em vida a serviço de outras vidas. Ainda é mais engrandecedor quando esse exemplo é dado de forma coletiva por meio da associação de diversas pessoas em favor de um projeto compartilhado de transformação de determinada realidade.

É o caso da SMDH – Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos – que chega aos 35 anos de existência na próxima quarta-feira, dando um exemplo singular de dedicação à melhoria da vida do povo, enfrentando a brutal desigualdade que está no âmago dos problemas sociais do Maranhão.

Em 12 de fevereiro de 1979, quando a SMDH começou suas atividades, as trevas da ditadura militar ainda pairavam sobre o nosso país. Era a época em que muitos dos que hoje arvoram-se em arautos da democracia fartavam-se em banquetes com ditadores, em verbas públicas desviadas e em privilégios que ainda hoje persistem.

adevNesta quadra tão triste da vida nacional, a SMDH teve coragem de se expor para defender as vítimas do arbítrio e da violência do Estado totalitário.

A partir da redemocratização, a SMDH voltou suas atividades para a assessoria jurídica aos pequenos proprietários e aos trabalhadores rurais, buscando garantir o direito à terra e apoiando projetos de tecnologia alternativa, para elevar o valor agregado da produção agrícola, forma mais direta de aumentar a renda de quem vive no campo.

A instituição voltou-se também para atuação junto às testemunhas ameaçadas de morte e no combate à tortura.

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Em especial nesses dois temas, participei de muitas atividades com a SMDH, o que acabou resultando na honrosa concessão a mim do Prêmio de Direitos Humanos em 2003, fato que me deu e continua me dando muita alegria.

Portanto, ao longo da sua história, a SMDH sempre denunciou os descalabros que viriam a ser de conhecimento mundial com os episódios trágicos de violência no nosso Estado, dentro e fora das penitenciárias, ocorridos nos últimos meses.

Lamentavelmente, as autoridades que poderiam e deveriam ter tomado providências nada fizeram diante dos alertas da SMDDH.

Tampouco tiveram efeito, entre os poderosos, as sábias palavras proferidas em carta divulgada pela CNBB – Confederação Nacional dos Bispos do Brasil – criticando as ações e omissões do atual sistema de poder estadual.

Instituições sociais como a CNBB e a SMDH nos dão exemplos vivos de luta por uma sociedade justa, mesmo quando as condições são tão adversas. Por isso, são referências de como podemos seguir em frente na luta por melhores condições de vida para milhões de esquecidos, explorados, oprimidos.

Atualmente, temos de concordar que “não é este o Estado que Deus quer”, como bem definiram os bispos da CNBB. Transformar essa realidade politica e social em algo mais próximo do ideal divino da justiça é um desafio tão grandioso que somente milhares de braços e abraços podem vencê-lo.

Somente a união de esforços sérios, como nos apontam os exemplos da SMDH e da CNBB, dará forças suficientes para que superemos a triste situação de estado que convive com os piores índices de desenvolvimento social do país.

O aniversário da SMDDH presta-se a que seja sublinhada a urgência de reorganização do Maranhão, de modo a que as riquezas acumuladas ilegalmente por poucos possam realmente chegar a todas as casas dos maranhenses.

Parabéns aos que fizeram e fazem a SMDDH, patrimônio do povo do Maranhão.

Flávio Dino”

Marco Aurélio D'Eça

7 Comments

  1. O Maranhão irá sim, se libertar. Quando pessoas como o Domingos Dutra acordar no tempo certo. Veja o exemplo que ele acabou de nos dar agora, embora tarde. Sempre o admirei pelos seus discursos contundentes e gostaria de aproveitar o mamento, para dizer não só para êle, mas para muitos jovens que sempre oajudaram a criticar sem medidas do que é necessário e justo, que acordem o quanto antes e continuem no mesmo caminho, isto é, melhorando as críticas sem fazer exclusão daquilo que é bom para todos, venha de onde vier. O que não pode é continuar endeusando uma pessoa que vem dando as maiores demonstrações de que nunca irá fazer o que prometeu durante a campanha eleitoral. Se qualquer pessoa quiser chamá-lo de inescrupuloso, há mais hoje quem acompanhe do que quem discorde.

  2. Esse caso do Flávio Dino é tipico do terceiro mundo.Primeiro se engana o eleitor com promessas fantasiosas,quando ganha se abandona a ideologia e parte para o fisiologismo empregando todo mundo da curriola.Quanto a história de comunismo esse rapaz contrariou toda a sua história de direitos humanos,etc,hoje imita Stálin,para dizer que é comunista,ou seja dá ordem para matar.Seu nome agora é Flávio Dino o Sanguinário.Coitado de João Alberto.

  3. Esse governador veio de encomenda.Essa história de comunista foi só H,porque no mundo isso acabou,ficou apenas na historia que exalta os lideres comunista.O maior sanguinário foi Stálin.Será que o espirito de Stálin encarnou no Flavio Dino.

  4. Esse Flavio Dino enganou os bobos que acreditam em papai noel.Essa história de comunista ligada a direitos humanos não existe.Infelizmente 99 por cento dos que votarm nele não sabem de nada,inclusive o que é comunismo.Quando João Alberto decvlarou guerra a bandidagem foi uma loucura para os hoje comunistas.Agora o nosso Stálin deu ordem para matar.

  5. Esse falso idealismo de quem tem ligações familiares com a familia Sarney só engana aos bobos.Esse rapaz está causando um grande mal ao Maranhão ao se promover comunista e declarar guerra de mentirinha a familia Sarney ´so pra se eleger ,enganando o povo inocente e mal informado,que sequer sabe o que é comunismo.No fundo ele é um Stálin.Aguenta Maranhão.Volta Roseana.

  6. Marco, quando iniciei meu curso de Engenharia no Pará, quem mandava por lá era o Coronel Jarbas Gonçalves Passarinho, uma das figuras de proa do regime militar e um dos donos da ARENA. Passarinho foi Governador, ministro e formador de opinião na alta cúpula da ditadura militar que governava nosso país (Só não foi presidente porque os Generais não queriam ser “mandados” por um coronel). No MDB, surgia então um jovem advogado com idéias revolucionárias e marcando terreno como líder das oposições no estado do Pará. Fui amigo de Walter Rodrigues em Belém embora ele um pouco mais “velho” que eu e, recebi dele, num dos encontros na livraria do Jinkings Livraria localizada na praça da Batista Campos e que servia de ponto de encontro dos “libertadores da nação” (onde eu me incluía) um folheto onde esse jovem e promissor político expunha os “10 motivos para não se votar num crápula como Jarbas Passarinho” (na época já existiam as eleições diretas para governadores).
    Passados mais de 40 anos , o “ jovem , idealista, revolucionário e político promissor” transformou-se no que é hoje o Sr. Jáder Fontenelle Barbalho.
    `Por aqui, qualquer semelhança NÃO É MERA COENCIDÊNCIA.

    Resp.: Perfeito, amigo. E a história já começa a se desenhar.

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