A entrada da vereadora Rose Sales no PV movimentou o cenário político em São Luís neste fim de semana. Opção do partido para disputar a prefeitura, a parlamentar, com sua movimentação, conseguiu mexer com peças que tiram dos seus principais adversários, ainda que momentaneamente, a capacidade de articulação política.
Parceiro preferencial do PV em âmbito estadual, o PMDB vinha conversando tanto com a deputada Eliziane Gama (Rede) quanto com o prefeito Edivaldo Júnior (PDT). A entrada de Rose no PV, no entanto, abre a possibilidade de uma composição entre as duas legendas.
O próprio presidente peemedebista, senador João Alberto de Sousa, se reuniu com o deputado federal e presidente no PV, Sarney Filho, na última quinta-feira, em Brasília, ocasião em que fora informado do lançamento da candidatura da vereadora.
Em junho, o prefeito chegou a fechar aliança com o PT, chancelando a indicação de dois nomes do partido para compor seu secretariado. Mas as indicações foram vetadas por Flávio Dino e Edivaldo teve que desautorizar a si próprio, afastando os petistas.
Aliás, não apenas a movimentação partidária de Rose Sales, mas a da própria Eliziane Gama, fortaleceu o projeto da vereadora. As lideranças políticas que vinham conversando com a deputada federal, recuaram do projeto a partir da sua filiação ao Rede, comandado nacionalmente por Marina Silva. Essas lideranças entendem que Marina Silva é de difícil relacionamento e pode, no fim das contas, vetar alianças de Eliziane com PMDB, PSB, PP e PSDB, por exemplo.
O mesmo problema já havia ocorrido com o próprio Edivaldo Júnior, que é controlado pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Em junho, o prefeito chegou a fechar aliança com o PT, chancelando a indicação de dois nomes do partido para compor seu secretariado. Mas as indicações foram vetadas por Flávio Dino e Edivaldo teve que desautorizar a si próprio, afastando os petistas. Lideranças do PT, do PSB e do PP entendem, por isso, que a ascendência do governador sobre o prefeito pode ser prejudicial aos demais projetos de poder.
Neste aspecto é que cresce a candidatura de Rose Sales no PV, uma vez que ela surge como uma espécie de terceira via entre as opções já postas – todas elas alinhadas à base do governo.