10

Ministério Público vai ao STF contra acesso de empresário à investigação sobre desdobramentos do caso Décio…

sindjusO Ministério Público do Maranhão recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão do Tribunal de Justiça do estado, que autorizou o acesso de um mega-empresário maranhense às investigações  do órgão resultantes dos desdobramentos da morte do jornalista Décio Sá.

O MP maranhense começou a investigar outras vertentes do assassinato do jornalista quando surgiu a informação de que um membro do próprio MP também seria alvo de assassinato.

E incluiu nas investigações o mega-empresário, baseado nas informações de uma carta assinada pelo agenciador Júnior Bolinha, publicada neste blog e confirmada pelo próprio Bolinha em entrevista ao Jornal Pequeno.

A decisão de investigar o caso foi tomada pela procuradora-geral de Justiça, Regina Rocha, em atitude reconhecida, inclusive, neste blog.

Mas a investigação corria em sigilo para proteção do próprio MP, até que o empresário decidiu ter acesso e ganhou autorização do TJ-MA.

Agora, o Ministério Público recorreu ao Supremo Tribunal Federal, para manter o sigilo das investigações.

Mas é voz corrente na instituição que esta trama será tirada a limpo…

14

Três nomes, o mesmo mistério…

http://2.bp.blogspot.com/-gKRnWtONrXo/T4HLxOREkyI/AAAAAAAAALA/cWRSACIoNOE/s1600/sombra1.jpgNome: Valdêmio José da Silva.

Este nome aparece nas primeiras páginas dos autos que apuraram a morte do jornalista Décio Sá.

Homem sem rosto, preso pela polícia logo após a morte de Décio, Valdêmio foi apontado como informante dos detalhes do crime e ficou preso por vários meses.

A polícia anunciou seu assassinato na noite do dia 11 de junho de 2012, em sua casa, na Vila Pirâmide – exatamente um dia antes da prisão daqueles que a mesma polícia apresentou como envolvidos na morte do jornalista.

Mas os assassinos de Valdêmio nunca apareceram. E a polícia nunca disse se concluiu ou arquivou o inquérito sobre este crime.

http://www.luiscardoso.com.br/wp-content/uploads/2013/01/ricardinho-carioca.jpgNome: Ricardo Silva

Também conhecido por Ricardinho ou “Carioca”, era apontado pela polícia como testemunha no caso Décio.

No final de dezembro de 2012, Ricardinho foi alvejado com tiros próximo à sua casa, no Turu.

Levado para o Hospital São Domingos, ele sofreu novo atentado a facadas, em pleno leito, crime negado pelo sistema de Segurança, que, mesmo assim, o transferiu para o Carlos Macieira, alegando falta de condições da família para pagar a conta.

Morreu em 13 de fevereiro de 2013, por complicações dos ferimentos – não se sabe se dos primeiros ou dos ouros.

Mas os assassinos de Ricardinho nunca foram localizados. E a polícia nunca disse se concluiu ou arquivou o inqúerito.

http://thumbs.dreamstime.com/x/silhueta-do-homem-com-uma-pistola-5092885.jpgNome: Marcos Antonio de Sousa Santos

Conhecido por Neguinho ou Barrão, é o homem que Jonathan de Souza apresentou como seu contato para a morte de Décio Sá, em depoimento à Justiça no dia 5 de junho do ano passado.

Neguinho era o único dos envolvidos no crime que estava foragido da Justiça.  Apesar de alguns setores da imprensa dizerem que ele nunca havia sido citado no caso, a polícia chegou a incluí-lo numa lista de presos, depois corrigida.

No julgamento da última segunda-feira, Jonathan voltou a apontar Neguinho como seu contato.

Foi então que veio a notícia de que ele havia sido assassinado há alguns meses.

Mas os assassinos de Neguinho nunca foram revelados. E a polícia nunca disse se concluiu ou arquivou o inquérito.

São três nomes, três mortos e um mistério:

Do que ele sabiam???

12

Caso Décio: o juízo já está formado…

A acusação dos supostos envolvidos foi aceita tão incondicionalmente por Ministério Público, Judiciário, testemunhas e imprensa, que não haverá fato novo capaz de mudar os rumos do julgamento. Mesmo havendo outras vertentes mal explicadas pela investigação, todos os acusados serão condenados. Simplesmente por que assim deseja o tal “clamor popular” 

 

coletiva3

Bolinha, Buchecha, Miranda e Gláucio; desde o início, outros já haviam escapado do paredão midiático

Este blog sustentou desde o início das investigações o argumento de que faltava um nexo causal capaz de juntar todas as peças do quebra-cabeças que envolve o assassinato do jornalista Décio Sá.

Por isso não vê novidades no que diz agora o assassino Jonathan de Souza.

Para quem não se lembra, em junho do ano passado – quando a mídia se encantava com suas histórias mirabolantes, reforçadas pelo argumento da polícia – este blog elucubrou sobre quem era o homem que matou Décio Sá, no post A Farsa Chamada Jonathan de Souza…

Jonathan já disse tanta coisa, e a polícia tantas outras, que fica difícil saber quando falou a verdade.

Condenado a 26 anos de reclusão, ele é a peça de somenos importância nesta questão toda.

Em outras circunstâncias, as evidências do crime saltariam aos olhos de tão claras, logo na primeira observação de um simples leigo.

http://jornalesp.com/wp-content/uploads/2012/08/jonathan-de-sousa-silva.jpg

Jonathan de Souza: ator de várias interpretações

O blog não vê consistência alguma na acusação que junta no pacote o assassino Jonathan de Souza, o agiota Júnior Bolinha, o capitão PM Fábio Capita, o empresário assassinado Fábio Brasil e os também agiotas Gláucio Alencar e José Miranda.

Pelas circunstâncias da vida de cada um, é até provável que uns com os outros possam ter se cruzado em algum momento da vida.

Mas há outros cruzamentos entre estas e outras pessoas – ainda mais fortes, no entendimento deste blog – que, infelizmente, foram desprezados pela polícia.

Desprezados pela pressa em dar a resposta ou até pelo interesse por montá-la verossímil, sabe-se lá.

Mas isso já não tem mais a menor importância.

O que disse ou repetiu ontem o matador Jonathan de Souza ficou tão banal diante do convencimento dos atores envolvidos no caso que fica fácil até estabelecer os demais veredictos.

O argumento usado pela estrutura de Segurança para anunciar a elucidação do caso Décio foi aceito de forma tão incondicional por Ministério Público, testemunhas, setores da Justiça e imprensa, que não importa mais qualquer fato novo.

A decisão já está tomada.

Apenas Capita – curiosamente o elo entre outras vertentes da história –  ainda pode escapar da condenação; mas por inconsistências na montagem de  sua acusação.

Assim como Jonathan, os agiotas Bolinha, Miranda, Gláucio – e os outros acusados – já estão todos condenados.

Por que é assim que deseja o “clamor popular”…

4

Nesta, eu fecho com Flávio Dino…

Comunista revelou que tem conhecimento de outras pessoas envolvidas na trama que assassinou Décio Sá. Foto: Reprodução / Twitter

O tuite de Dino: esta opinião chega a ser até lugar-comum no MA

Este blog deve concordar com o chefão comunista Flávio Dino.

De fato, nem todos os envolvidos na morte de Décio Sá estão presos. Este blog pensa assim, desde o início das investigações, e postou inúmeros textos sobre o assunto.

E nunca temeu por isso.

– E há envolvidos soltos – disse Flávio Dino, ao repercutir a reportagem de um portal de notícias, segundo revelou o blog Atual7.

Pena que Dino não tenha se solidarizado com o blog, nas tantas vezes que este foi atacado, achincalhado e intimidado ao expor seu ponto de vista.

Poderia ter formado uma corrente que pudesse forçar o esclarecimento  total do caso Décio Sá.

É lamentável apenas que o comunista- seja por que motivo for – tenha temido revelar o nome destes envolvidos. Até por que, pela convicção com que falou, deve saber muita coisa, certamente.

De qualquer forma, nesta, o blog não o deixará sozinho, e reforçará sua opinião por que também tem esta convicção.

E quer que Décio Sá descanse em paz, com todos os seus algozes atrás das grades…

37

Um absurdo judicial contra a família de Décio Sá…

http://2.bp.blogspot.com/-eskP94pUk6c/T5Y_b4U3sRI/AAAAAAAAECY/lxx85630wLg/s1600/D%C3%A9cio%2BS%C3%A1%2Be%2BAlberto%2BFilho%2B(2).jpg

Décio Sá: questionador, pagou com a vida o preço de sua coragem

exclusivoEm meio ao julgamento dos assassinos do jornalista Décio Sá, raro caso de celeridade elogiável da justiça, eis que sua família, mulher e filhos, estão às voltas com outro caso, o de um processo contra o próprio jornalista, também com celeridade rara no judiciário – mas esta não tão elogiável assim.

A viúva de Décio acaba de ser notificada pela Justiça para que assuma uma dívida judicial do marido morto, condenado em uma ação movida por um ex-diretor do próprio Tribunal de Justiça e que tramitou com “aceleradores topados”.

E qual o crime de Décio Sá?

O jornalista revelou em seu blog que o então diretor havia sido aprovado em concurso do próprio TJ na condição de deficiente físico. E questionou a tal deficiência, exibindo documentos e imagens que, na sua concepção, mostravam o contrário.

Processado, o jornalista se defendeu como pôde.

E o caso foi julgado a jato: entre o protocolo da ação e a condenação passaram-se apenas alguns meses.

O jornalista foi assassinado poucos dias depois de receber a sentença de Primeiro Grau.

Nem isso demoveu o ímpeto do autor – e seu patronos – que cobram agora da viúva do jornalista que assuma uma dívida que não é sua.

Mais grave: a cobrança pode invadir o espólio de Décio, atingindo a herança de seus filhos.

Mas segue como se nada tivesse mais importância…

1

Caso Décio: Sindicato dos Jornalistas auxiliará na acusação…

http://www.udesfilho.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Damasceno.jpg

Damasceno vai atuar no caso Décio

O advogado criminalista João Damasceno vai representar o Sindicato dos Jornalistas do Maranhão como auxiliar da acusação no julgamento dos envolvidos na morte do jornalista Décio Sá.

O Tribunal do Júri com os acusados Jhonatan de Sousa, autor dos disparos que matou Décio, e Marcos Bruno Silva de Oliveira, piloto da moto que deu fuga ao assassino, começa nesta segunda-feira (3), a partir das 8h.

Damasceno foi contatado pelo presidente do sindicato, jornalista Douglas Cunha, para auxiliar o Ministério Público na apresentação da peça acusatória.

– O causídico aquiesceu ao pedido e afirmou que atuará no júri, sem cobrar honorários do sindicato, considerando o impacto social causado pelo crime na comunidade e no seio da classe dos comunicadores do Maranhão – diz nota do sindicato, assinada por Cunha.

Além de  criminalista, Damasceno é  vereador de São Luís.

 

 

3

Negado habeas corpus a Junior Bolinha, envolvido na morte de Décio Sá

Júnior Bolinha vende imagem de que tem amigos no poder

O Tribunal de Justiça do Maranhão informou hoje que foi negado o pedido de habeas corpus a José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, acusado de envolvimento na morte do jornalista Décio Sá.

O pedido foi negado pela 2ª Câmara do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). O relator do processo, desembargador Marcelino Everton, decidiu pela manutenção da prisão do acusado.

Ele entende que é uma medida acauteladora do normal desenvolvimento do processo e da eficiência da lei penal, afastando o perigo de alteração das provas e da própria fuga do acusado.

A alegação da defesa é de que Júnior Bolinha estaria sofrendo constrangimento ilegal em sua liberdade de locomoção e que a prisão decretada na decisão de pronúncia não possui os motivos autorizadores da custódia, além de inexistir motivação a justificar a renovação da prisão do acusado.

O magistrado refutou todos os argumentos da defesa pela concessão de liberdade do acusado e disse que a decisão de manter Júnior Bolinha preso cumpre todos os pressupostos exigidos pela lei, em conformidade com o Código de Processo Penal (CPP), em seu artigo 413, parágrafo 3º.

 

13

Defesa e família de Júnior Bolinha temem queima de arquivo…

Junior2

Bolinha: testemunha-chave do caso Décio

A transferência do ex-empresário Júnior Bolinha para o complexo Penitenciário de Pedrinha pode ser uma articulação para apagá-lo, como queima de arquivo.

Esta é a preocupação de sua defesa e de seus familiares,  que apontam armação na sua suposta recaptura na noite de sábado, em suposto achaque a empresário.

Apontado como agenciador do assassino Jhonathan de Souza, Júnior Bolinha seria a peça-chave do assassinato do jornalista Décio Sá, e estaria incomodando exatamente por conta deste cacife.

Leia também:

Júnior Bolinha é a chave de tudo…

O empresário poderia ter sido levado a criar uma situação que forçou sua transferência para o presídio, onde poderia ser executado, calando a principal testemunha do caso Décio.

E,  desaparecendo, acabaria com qualquer questionamento à versão da polícia sobre o crime,  que passaria a vigorar como única e verdadeira – e questionada desde o início por este blog.

Até por que, Bolinha já andou revelando envolvimentos outros no caso – de gente poderosa, que se acha acima do bem e do mal.

E suas falas já estariam incomodando…

 

 

10

Cúpula da Segurança Pública do MA foi quem permitiu a ‘fuga’ de Júnior Bolinha da cadeia…

Polícia deixou para prender o fugitivo somente após a realização de um churrasco e um sequestro para cobrar uma dívida

 

Facilitação da 'fuga' de Júnior Bolinha da cadeia vai muito além da ajuda de policial e vigia de plantão, conforme acabou revelando a delegada Cristina Rezende. Foto: ReproduçãoDo blog Atual7

Em entrevista à Rádio Mirante AM, na manhã desse domingo (22), a delegada geral da Polícia Civil do Maranhão, Maria Cristina Resende, acabou revelando – tentando mostrar trabalho – que a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública foi quem permitiu a ‘fuga’ do preso Raimundo Sales Chaves Júnior, o ‘Júnior Bolinha’, agora transferido para o Centro de Detenção Provisória, o CDP, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, justamente no período de intensas rebeliões, sempre com decapitações.

Preso na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) por participação no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, Bolinha teria ‘fugido’ da carceragem, com o consentimento da Polícia Civil, para cobrar um empresário – a quem já havia ameaçado antes várias vezes mesmo estando na cadeia – a importância de R$ 180 mil.

Como já estava fora da cela, ele teria aproveitado ainda para, antes, promover um churrasco num sítio na Pirâmide – o mesmo onde promovera orgias com a participação de Jonathan de Souza Silva, pistoleiro contratado para executar o jornalista.

A revelação de que a própria cúpula da Segurança Pública cometeu crime de corrupção passiva e facilitação da ‘fuga’ foi dada quando a delegada geral informou que a polícia já vinha monitorando os passos de Júnior Bolinha na prisão.

Segundo Cristina Resende, mesmo sabendo que ele ‘fugiria’ e que já estava fora da DRFV, a polícia só o prendeu após a realização do churrasco e, pior, após ele ter sequestrado o empresário para cobrar a dívida.

Também em atraso, o policial civil José Ribamar da Conceição Martins e o vigilante Reginaldo Nunes da Silva, envolvidos da ‘fuga’, só foram autuados após a prisão de Bolinha. Continue lendo aqui…

 

8

SSP tenta confundir no caso Bolinha; não houve fuga, houve liberação criminosa do preso…

Inquérito diz que empresário contratou assassino a mando de Gláucio Alencar e Miranda (Foto: De Jesus/O Estado)

Júnior B olinha: churrasco, festas e achaques a empresário

Os releases distribuídos ontem pela Secretaria de Segurança tentam confundir a opinião pública sobre o episódio envolvendo o ex-empresário Júnior Bolinha, réu no caso de assassinato do jornalista Décio Sá.

A versão da polícia diz que houve fuga, quando, na verdade, houve a liberação ilegal e criminosa do preso para curtir o fim de semana em casa.

O que pode, inclusive, ter ocorrido outras tantas vezes, quem vai saber?!?

Com a clara intenção de minimizar a incompetência e a corrupção envolvendo policiais no episódio, a Secretaria de Segurança Pública conseguiu induzir blogs, jornais e emissoras de rádio a usar – erradamente – o termo fuga.

Júnior Bolinha não fugiu. Foi deliberadamente solto por policiais que deveriam garantir sua permanência na cadeia.

E isto é mais um caso grave envolvendo a Secretaria de Segurança.

Desde a tarde de sábado, Bolinha curtia a vida intensamente, participando de churrasco e se divertindo, como qualquer cidadão livre.

E só foi preso por que tentou achacar um empresário, que denunciou o caso à polícia.

O episódio sugere que ele pode ter saído da cadeia outras vezes. E põe sob suspeita todo o sistema policial no estado.

Até pelos riscos que este acusado representa à sociedade, segundo apontou a própria Justiça na negação de um Haveas Corpus em novembro. (Releia aqui)

Foi, portanto, uma irresponsabilidade criminosa da própria polícia.

É simples assim…