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Tremei, bandidos de toga!!!

Um prefeito só desvia recursos públicos por que sabe que sempre haverá um “juiz amigo” para inocentá-lo.

Um deputado comete crimes por que espera contar com o “abraço” do desembargador, que influencia nas decisões das instâncias inferiores.

Bandidos como Big-Big – finalmente morto nesta semana – debocham da polícia por que contam com juizes para colocá-lo de volta às ruas, sucessivas vezes. 

Os demais poderes só são corruptos por que contam com a corrupção no Judiciário.

A sociedade também é masis criminosa por causa da corrupção do Judiciário.

Por isso, há de se comemorar a decisão do Supremo Tribunal Fderal sobre as prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça.

O CNJ não é o ideal, mas trouxe um alento para os que se sentem a mercê de bandidos de toga em todas as instâncias e esferas da Justiça brasileira.

E eles são muitos, como definiu a própria corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.

São desembargadores que ameaçam jornalistas com decisões intimidatórias; são juízes estaduais que negociam sentenças nos corredores dos tribunais; juízes federais que usam do cargo para fazer política às escondidas no interior e tráfico de influência nos órgãos feerais; e filho de magistrados que negociam ações nos tribunais.

Pelo menos, eles continuaram com a ameaça sob suas cabeças, ainda que se considerem semideuses.

E qualquer deslize moral ou legal, CNJ neles…

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A quem interessa a castração dos poderes do CNJ???

O título deste post seria, a princípio, “Tremei, bandidos de toga!”.

Mas o encaminhamento do julgamento dos poderes do Conselho Nacional de Justiça no Supremo Tribunal Federal caminha, ao que tudo indica, para manutenção da Liminar do ministro Marco Aurélio Melo.

É claro que aos bandidos de toga – e eles são muitos, como afima a pópria corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon – interessa até mesmo o fim do CNJ.

Mas há outros interesses também em jogo – corporativos, de manutenção de privilégios e status quo. Só a estes interessam um Conselho de Justiça fraco, manipulável, sem poder de ação.

A história ensina que os juízes se consideram deuses. E como tais, lutam intensamente pela manutenção dos seus poderes.

Mas há os juízes que são bandidos por excelência. Não por que roubam ou matam, na forma tradicional dos dois crimes, mas por que negociam o seu poder de julgar – e ameaçam com seu poder de julgar.

No Maranhão há inúmeros casos investigados.

Mas os que não são investigados é que são eles: juízes que negociam abertamente ao prolatar uma sentença, desembargadores que se acham no direito de determinar o comportamento da imprensa ou magistrados em geral, com comportamento inadequado fora do seu posto de trabalho.

É para estes que existe o CNJ.

O Conselho de Justiça não pretende usurpar poderes, sobretudo judicantes. Pretende, sim, organizar as coisas, na seara administrativa e punir – com rigor – comportamentos inadequados no exercício da função judicante.

Não se trata neste post das associações de magistrados pela simples razão de serem elas, pela própria natureza, corporativistas e defenosas de privilégios.

Aqui se trata dos bandidos de toga.

São estes que se queria ver tremer ao final do julgamento adiado para hoje…