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O problema não é estar sozinho; é não querer estar sozinho…

Imagine Roseana Sarney (PMDB), Flávio Dino (PCdoB) e Jackson Lago (PDT) – ou mesmo Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e o prefeito João Castelo (PSDB) – de repente chegando, sozinhos, em um bairro qualquer de São Luís.

Natural que o assédio a eles seja intenso – Tanto para criticá-los ou elogiá-los, sempre haverá assédio.

A indiferença do cidadão a um político, ou melhor, a alguém que se sente líder político, é o maior dos fracassos da vida pública.

Por isso as fotos do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), solitário em uma rua do Monte Castelo, tirada pelo fotógrafo D. Jesus (O Estado do Maranhão) e publicada em primeira mão no blog de Décio Sá, são ícones desta campanha eleitoral. (Releia aqui)

José Reinaldo tem todo o direito de estar sozinho, como avalia o jornalista Linhares Júnior em seu blog. O problema neste caso, é que ele não deseja estar sozinho; como qualquer político, neste caso, não desejaria estar sozinho.

A menos que não espere a emoção do eleitor, simbolizada no voto popular.

Pior de tudo: a presença anônima de alguém que foi governador, se declara líder da oposição no estado e é candidato a senador, também representa um fracasso.

Não seria honesto especular que José Reinaldo foi ignorado no Monte Castelo por absoluta rejeição ao seu nome. Aceita-se até que a solidão do candidato é resultado do desconhecimento do eleitor.

O cidadão do bairro o viu como alguém comum, um senhor-de-idade caminhando a esmo pelas ruas. Um homem qualquer.

Mas este também é um problema, por que revela o fracasso da vida pública de José Reinaldo.

Que parece seguir solitário para o abismo da indiferença…

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