Na manhã de segunda-feira, 27, o deputado Flávio Dino esteve na casa do ex-governador Jackson Lago (PDT). Mostrou a eles pareceres de “juristas” de sua coligação apontando a inviabilidade de sua candidatura.
– Nós corremos risco de perder a eleição por causa da anulação dos seus votos. É preciso um gesto em nome da oposição – argumentou Dino, segundo um dos interlocutores de Jackson.
O próprio Flávio Dino confirmou ter estado na casa do pedetista, mas negou que tenha pedido a ele qeu desistisse.
Na terça-feira, 28, durante o debate da TV Mirante, a candidata Roseana Sarney (PMDB) deveria perguntar a Flávio sua opinião, como jurista, sobre a situação de Jackson em relação à Ficha Limpa – era uma forma de trazer a público o que Dino pensava do colega oposicionsita, que fingia aliar-se .
A pergunta foi vetada pelo todo-poderoso Duda Mendonça.
A trama dinista anti-Jackson continuou na quarta-feira, 29. Segundo uma fonte do blog, a repórter da Folha, Elvira Lobato – usada e abusada por oposicionistas do Maranhão – havia espalhado uma suposta conversa com Igor Lago, filho de Jackson, em que ele admitia a substituição do pai pela madrasta Clay Lago.
No mesmo dia, o titular deste blog conversou sobre o assunto com o jornalista Zeca Pinheiro e com o coordenador da campanha de Jackson, Clodomir Paz. Ambos consideraram absurda a história Elviriana.
Mais tarde, Pinheiro retornou ligação para afirmar, em nome de Igor, que ele nunca havia conversado com a repórter contadora de histórias a serviço de Flávio Dino.
Mas as tentativas do comunista de tirar Jackson do páreo continuaram intensamente.
Seus advogados espalhavam no twitter que suas chances no STF e no TSE eram mínimas. Assessores e torcedores comunistas plantavam em blogs supostos argumentos pela renúncia do velhinho, em nome da oposição.
Na quinta-feira, a trama de Flávio Dino contaminou também tucanos e pedetistas. Gente como Aderson Lago (PSDB) e o prefeito Sebastão Madeira (PSDB), além de Aziz Santos (PDT) já admitiam que a saída para Jackson era a renúncia. Tinham sucumbido à pressão dos comunistas.
Chegaram até marcar para esta sexta-feira, 1º, uma possível substituição do candidato – agiam a favor de Dino em troca de cargos num eventual futuro governo, segundo apurou o blog.
Enquanto isso, a campanha de Jackson definhava no interior, por causa do desânimo da militância diante dos boatos espalhados pelos partidários de Flávio Dino.
No final da tarde, o TSE confirmou que poria o processo do ex-governador em julgamento. O caos se estabeleceu nas hostes jackistas – havia o risco de ele ser cassado e não poder mais ser substituído.
O titular deste blog ligou para um pedetista da cozinha de Aziz Santos, que admitu: “o melhor que Jackson faz é ceder o lugar a dona Clay”. A estas alturas, os jackistas estavam absolutamente entregues a Flávio Dino.
A pesquisa do Ibope jogou a pá de cal. O próprio Jackson e os seus mais próximos aliados – Clodomir Paz, Edson Vidigal, Zeca Pinheiro, Weverton Rocha e Luiz Porto – eram os únicos a resistir.
O ex-governador não admitia a renúncia em hipótese alguma, mas já dava sinais de que não resistiria à pressão.
Pouco antes do início da sessão no TSE, o deputado Pavão Filho (PDT) alcançou o titular deste blog em um telefonema. Quis saber o resultado da pesquisa Ibope. Ao saber da segunda posição de Dino, foi direto: “ele já esá bem mais à frente”. Mais tarde, Pavão apareceu ans fotos, comemorando ao lado de Jackson.
O resultado do julgamento no TRE revigorou as forças do velhinho.
Mas Flávio Dino e sua turba já haviam conquistado o objetivo principal: superá-lo nas pesquisas.