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O fenômeno de recuar para crescer…

Joaquim: feliz da vida

Mesmo não tendo se candidatado à reeleição, o ainda deputado estadual Joaquim Haickel (PMDB) anda rindo com as paredes. Ele elegeu todos os candidatos que, direta ou indiretamente, apoiou nas eleições do último domingo.

Como um dos coordenadores da campanha da governadora Roseana Sarney (PMDB), Haickel autou em diversas frentes, principalmente na política, onde foi o maior responsável pela formação e montagem das coligações proporcionais que apoiaram a governadora e acabaram por eleger 12 deptuados fedrais e 30 deputados estaduais.

Joaquim também é autor de um estudo eleitoral que previu – com índice de acerto de 100% para a Assembléia Legislativa e 90% para a Câmara Federal – a quantidade de vagas que cada coligação alcançaria non pleito. Também acertou os nomes de 39 dos 42 deputados estaduais e 17 dos 18 deputados federais.

Candidato de Haickel, Lourival Mendes chegou à Câmara Federal

Quando Roseana assumiu, em abril de 2009, Joaquim Haickel foi convidado para compor o governo, primeiro como secretário de Esportes; depois, como secretário de Minas e Energia, cargos que ele declinou em nome de Roberto Costa e Fufuca Dantas, posições cruciais para a eleição do primeiro e do filho do segundo.

Pessoalmente, Joaquim Haickel sai destas eleições maior e mais forte que da anterior, quando se reelegeu com expressiva votação, algo em tornod e 35 mil votos. deta vez, seu candidato a deputado estadual Rogério Cafeteira (PMN) e seu deputado federal Lourival Mendes (PTdoB) se elegeram com votação na casa dos 30 mil votos.

Além destes dois, o apoio de Haickel foi decisivo para a eleição de Carlos Filho (PV) e Vianey Bringel (PMDB).

Rogério Cafeteira se elegeu par a Assembléia

Joaquim Haickel, que foi também deputado federal constituinte (1987/91), deixa o parlamento 28 anos após entrar, então com 22 anos de idade – na época, o mais novo deputado estadual do Brasil, fato que foi igualado na última eleição com Rubens Júnior (PCdoB), e agora nesta, com André Fufuca (PSDB).

Sempre que perguntam porque não quis mais se candidatar, Joaquim esclarece que abriu mão de concorrer a este mandato, não da política, que, segundo ele, está tão prsente em sua vida quanto sua literatura e seu trabalho como empresário de radiodifusão.

Com a ausência de Joaquim Haickel e Helena Heluy (PT) na próxima legislatura, a assembléia do Maranhão perderá muito de seu brilho, pois os dois – assim como alguns pouquíssimos outros – são a garantia da existência de grandes debates, de proposições pertinentes e de práticas corretas e coerentes nos trabalhos daquela Casa.

Joaquim é um dos raros políticos sem inimigos. Quando muito, tem adversário. Eram famosas suas pelejas com o falecido deputado Pedro Veloso (PDT). Os dois eram votados por Pio XII, cada um por uam facção que disputava o controle do município. jamais, nem nas maiores tensões entre eles, Joaquim perdeu a compostura ou descambou para a baixaria – e memso ás vezes, sendo enérgico, sempre mantinha o decoro.

Nunca se ouviu falar que Joaquim Giajcel fosse um mau caráter. desleal ou coisa que o valha. Algumas pessoas discordam dele políticamente, ou mesmo filosoficamente. Mesmo estes, no entanto,  têm imenso respeito por ele.

A imagem de Joaquim Haickel fará falta ao parlamento maranhense. Inquieto, andando de um lado para o outro, orientando a bancada nas votações, pedindo apartes, fazendo discursos, apresentando e defendendo seus projetos e conversando com a imprensa abertamente, como é de seu temperamento.

Sem papas na língua…

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