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Ele nunca será presidente…

Nenhum brasileiro sonhou tanto com a pressidência da República quanto José Serra (PSDB).

Nem mesmo Lula, que só entrou na luta sindical levado pelos amigos – já adulto, quando despertou o interesse político. Nem Fernando Henrique Cardoso (PSDB), uma invenção de Itamar Franco (PPS) e do Plano Real.

Serra não! Serra, desde criança, sonhava com o poder.

Foi líder de classe, dirigiu grêmios estudantis e chegou à presidência da UNE. Tudo numa bem montada estratégia de trajetória e preparo para ser presidente do Brasil.

Mas nunca será!

José Serra é o que se pode se chamar de o homem certo na época errada. A despeito de todo o seu preparo técnico, ele perdeu o timming da história política, se perdeu no rancor e no ódio pelas sucessivas derrotas e entrou na briga sempre na hora errada.

Não há político no Brasil com tanto azar quanto José Serra, isso também é verdade.

Era impossível ganhar de Lula em 2002. Mesmo com o apoio de FHC, Serra foi derrotado pelo petista. E adquiriu ali o recalque e o ódio pelo Nordeste, que iria omprometer, a partir dali, sua trajetória presidencial.

Mesmo assim, fez tudo certo, apoiado, claro pelo Grande Capital e pela mídia-paulista-quatrocentona-falida-e-antinordestina. 

Enquanto usava a Prefitura de São Paulo e o governo paulista como trampolim – jogando Geraldo Alkimin (PSDB) como “boi-de-piranha” em uma eleição perdida, a de 2006 -usava também as insituições públicas e a imprensa para tirar os potenciais adversários do caminho para 2010.

Fez assim como José Dirceu, o preferido de Lula, e com Antonio Palocci, seu substituto natural.

Pronto! Estava pavimentada a estrada para a tão sonhada chegada à presidência em 2010.

Nem José Serra nem a mídia-paulista-quatrocentona-falida-e-antinordestina puderam imaginar, no entanto, que Lula fosse capaz de eleger um poste.

E eis que surge Dilma Rousseff, que o próprio Lula só conheceu há apenas oito anos – e que nunca havia disputado qualquer eleição.

Mas José Serra perdeu esta eleição presidencial para si mesmo. Na ambição de chegar ao poder, não conheceu limites – nem éticos, nem morais, nem políticos.

E em 2014, os tempos serão outros; os nomes também.

É o tipico caso daquele que tinha tudo para ser e nunca será.

Eis a história do fracasso de José Serra…

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