Quando foi deputado estadual, o tucano Aderson Lago batia na antiga e robusta pança sempre que falava do primo
Jackson Lago. E se orgulhava de dizer que, havia vinte anos, não trocava mais que duas palavras com ele.
No governo do primo, virou chefe da Casa Civil, numa conspiração digna das maiores organizações criminosas, envolvendo até figurões do PDT, que não queriam o correto Clodomir Paz no posto.
No cargo, foi uma espécie de chefe do que pode se caracterizar uma clássica máfia familiar – envolvendo os próprios filhos em desvios que podem superar, segundo a polícia, os R$ 5 milhões. A ação da quadrilha ganhou até nome: “Ópera Prima”, em referência à empresa de Aderson Neto, filho de Adrson.
O processo tramita nas instâncias estaduais e federais do Ministério Público e da Justiça. (Entenda aqui a história)
É do alto da experiência registrada nesta folha corrida que Aderson Lago sente-se no direito de classificar de máfia a ação de adversários.
O ex-ministro Edson Vidigal (PSDB) abandonou o posto no STJ para ser um dos membros da “cooperativa de candidatos” de José Reinaldo Tavares (PSB), numa das traições mais injustificadas da história política maranhense.
No governo do pedetista botou a mulher para guardar a Segurança Pública, mas, inconformado em dado momento, chamou Jackson
Lago de “Velho Escroto”, em clássico artigo publicado no Jornal Pequeno (Releia aqui).
Depois, já reaproximado do ex-governador, resolveu afastar os que poderiam lhe fazer sombra, criticando José Reinaldo Tavares (PSB) e Flávio Dino (PCdoB), e os culpando pelo agravamento da doença – e até da morte – do pedetista.
Foi do alto desta personalidade que não se fez de rogado e, numa clara tentativa de herdar o espólio de Jackson, fez campanha fora-de-época e até distribuiu santinho em pleno cortejo fúnebre o ex-governador.
Abutres e chacais rondam o túmulo de Jackson Lago.
Os mesmos que o rondavam quando governador…