As fotos que ilustram este texto é de uma viagem de Peritoró a São Luís.
Cada placa é de um posto de combustível diferente; alguns na mesma cidade, outros em cidades diferentes.
E é mais uma prova de como a máfia dos combustíveis age em São Luís para alinhar preços, enganar o consumidor e promover cartel.
Aos olhos da justiça, da polícia e do Ministério Público – onde muitos, aliás, têm parentes no mesmo ramo.
A primeira placa é de Peritoró. O valor da gasolina no Posto Brasil é de R$ 2,64, ou R$ 0,10 mais barato que o preço mais barato na capital maranhense.
Nas mesma cidade, placa do Posto Belém, onde o combustível mais comum a R$ 2,65.
Seguindo para Alto Alegre do Maranhão, preço parecido. Gasolina a R$ 2,65 no Posto Alto Alegre.
Mesmo assim, ainda abaixo do que o produto vendido em São Luís.
Já em São Mateus, a gasolina pode ser encontrada a R$ 2,49, conforme a placa do Posto Itália – São quase R$ ,040 a menos que o mais barato vendido na capital.
É preciso atentar que muitos destes postos têm filial ou matriz na capital maranhense.
Ou seja, compram o combustível por São Luís, mas praticam preços diferentes, de acordo com a cidade onde estão.
Em Santa Rita, novamente as placas mostram o preço da gasolina a R$ 2,65, segundo o Posto PPP.
E chegando em São Luís, no vizinho município da Bacabeira, o combustível é vendido a R$ 2,56.
Atente que há suspeitas de que alguns postos, naquela cidade, ponham água no combustível.
Mas é só ultrapassar o Estreito dos
Mosquitos para ver a diferença. Já chegando no Maracanã, o preço é alinhado conforme as regras do cartel de São Luís. Por praça, por área.
Geralmente, as distribuidoras trazem o combustível para o Maranhão de navio. Daqui, distribui estado a dentro, por caminhões.
Fica a pergunta: se o combustível chega a São Luís por navio, via Porto do Itaqui, como pode a capital vender mais caro que o interior, se, para chegar lá, há ainda os custos com transporte e motorista?
Uma mágica que só o cartel ludovicense pode explicar….