É um equívoco desprezar os números do IPEA sobre a diminuição da pobreza extrema no Maranhão. Também é um equívoco atribuir a diminuição desta pobreza à ação de governos maranhenses.
Blogs governistas dão com destaque a notícia de que a pobreza extrema diminuiu 47% no Maranhão, como se quisessem relacionar o fato, subliminarmente, às ações do governo Roseana Sarney (PMDB).
Outros, com perfil de oposição, chegam a comemorar, atribuindo esta queda aos governos José Reinaldo (2002/2006) e Jackson Lago (2007/2009).
Nem uma coisa nem outra.
O resultado da diminuição da pobreza extrema está ligado diretamente aos investimentos do Governo Federal em programas sociais do tipo Bolsa-Família e aos investimentos privados – que não têm, necessariamente, relação com as ações oficiais.
O Maranhão ainda detém 1/3 de sua população entre os mais miseráveis do país, isto é fato. Também é fato que os programas de transferência de renda, sobretudo no governo Lula, têm ajudado a melhorar este perfil.
Os que os governos locais precisam – independente da cor partidária ou do perfil ideológico – é implantar ações que possam dar sustentabilidade aos ganhos oriundos do bolsa-família.
E isto se consegue com investimento em Educação, Saúde, infra-estrutura e geração de emprego e renda.
Só assim se garante desenvolvimento sustentável e livra-se a população da dependência oficial.
Simples assim…