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Quanto custa um feriado???

A festa foi total, na mídia e entre o funcionalismo público.

O Governo do Estado – seguido pelo Judiciário e Legislativo – resolveu adotar apenas dois dias úteis na semana que vem e criou um feriadão de cinco dias, a partir deste sábado.

Segunda-feira, será feriado pelo dia do Funcionário Público, transferido de sexta-feira. Terça, ponto facultativo, e, quarta, feriado nacional de Finados.

Trabalho, só quinta-feira, dia 3 de novembro. E olhe lá!

Maravilhas para quem se imagina servidor público apenas pelo fato de não trabalhar em feriados e fins-de-semana. Para o país, o estado ou o município, prejuízos gigantescos.

Em 2009, segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o Brasil perdeu nada menos que R$ 155 bilhões com feriados. Para efeito de comparação, é uma vez e meia o total que o Maranhão espera em investimentos para os próximos cinco anos.

De acordo com o estudo da FERJ, o problema é exatamente o enforcamento dos dias úteis entre os feriados.

Em comparação com outros países – incluindo EUA – o Brasil até que tem número menor de feriados nacionais. Mas a cultura “funcionário público” do brasileiro impregnou-se a ponto de virar tradição o enforcamento dos dias imprensados.

O jornalista Joelmir Betting é mais específico e calcula em R$ 60 milhões o prejuízo do Produto Interno Bruto com cada dia parado no Brasil. Mas ele avalia que, para um país que arecadou R$ 500 bilhões em impostos, apenas entre janeiro e maio de 2010, o custo do feriado é insignificante.

No setor privado, o Brasil tem amadurecido muito nas últimas décadas.

Exemplo disso é a vitória do comércio sobre os sindicatos, transformando o domingo em um dia de compras como outro qualquer.

Falta avançar muito ainda, ampliando os estabelecimentos 24 horas para todos os setores e a cultura dos turnos, que valoriza o trabalhado e gera empregos.

Isto no setor privado, por que o publico vai continuar de pernas pro ar.

E o país paga a conta…

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