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O time do ano no futebol brasileiro…

Gomes abraça Dedé, após mais uma bilhante partida

Do blog Um Olhar Crônico Espotivo

É prematuro para publicar esse post, dirão muitos, mas eu não penso assim.

Vou além: ele já estava mais ou menos desenhado em minha cabeça há uns vinte dias, por aí. E o resultado do jogo de anteontem, em Santiago do Chile, somente consolidou minha certeza.

É provável que o Corinthians sagre-se Campeão Brasileiro de 2011 neste domingo, com todos os méritos. É possível, talvez não tão provável, que o Santos sagre-se Campeão Mundial em poucos dias, no Japão.

Serão grandes feitos e, talvez, ninguém mais que o atual Campeão da Copa Libertadores de América merecesse o título de Time Brasileiro do Ano de 2011, principalmente se conquistar o Mundial.

Penso de forma diferente, porém.

Para mim, para a visão que tenho do futebol brasileiro hoje e do futuro e, independentemente do resultado de seu jogo final no Brasileiro e de conquistar ou não o título de Campeão Brasileiro, o Time do Ano é o Vasco da Gama.

É o Vasco de Ricardo Gomes. Que também é o Vasco de Cristovão, Juninho, Felipe, Dedé, Diego & Cia. É, igualmente, e digo com satisfação (apesar de algumas ressalvas e frustrações), o Vasco de Roberto Dinamite.

Ora, mas por que Time do Ano, ainda por cima com maiúsculas? Só porque venceu a Copa do Brasil? A mesma que você diz ser uma competição secundária?

Não, irritado leitor não-vascaíno; é o Time do Ano porque honrou todas as suas disputas, enobreceu-as.

Porque não entrou em férias depois de uma conquista. Pelo contrário, foi à luta em duas frentes, diferentes e extenuantes por si só, e muito mais, muitíssimo mais quando somadas, quando simultâneas. Como fez o Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo, em 2003, numa outra época bem diferente da atual, mas de forma igualmente nobre.

É o Time do Ano porque deu um bom exemplo de como um clube pode, mesmo com dificuldades e orçamento apertado, montar um bom elenco, mesclando novos e veteranos e dar condições à sua comissão técnica para realizar um bom trabalho.

E, finalmente, por último, mas não menos importante, é o meu Time do Ano por ter jogado bonito, por ter jogado futebol com jogadores que pensam e sabem armar, por jogar com meias e não somente meia-dúzia de volantes – os tais “de contenção” – usando e abusando do triste e monótono “jogo aéreo” que domina o futebol brasileiro desse começo de século.

Para mim, portanto, não é relevante que o Vasco vença o Flamengo e conquiste o Brasileiro por conta de um tropeço corintiano.

Seria, ou será, somente a cereja extra do bolo que já é bom…

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