Pode parecer incrível, mas a polícia maranhense, até agora, sequer solicitou à família do jornalista Décio Sá que disponibilizasse o seu carro para perícia.
Seria desnecessário?
No carro estão a mochila com seu bloco de anotações e vários documentos originais das matérias publicadas em seu blog – o que também pode servir como auxílio nas investigações.
Também não cogitou a perícia em seu computador pessoal, que continua intocável no escritório de sua casa. Lá há e-mails e arquivos gravados.
A polícia também parece ter esquecido de divulgar o retrato falado do assassino.
Ou, ao que parece, não teve condições de confeccioná-lo.
Na quinta-feira, após intensa insistência dos próprios delegados, levou-se a viúva de Décio para conversar com um deles.
O delegado mostrava-se absolutamente desinformado em relação ao caso, sequer tinha conhecimento dos dois celulares do jornalista e chegou a pedir a senha do blog para poder acessá-lo.
Nem ao menos tomou o depoimento oficialmente, sendo mais perguntado que perguntador.
A menos que tenha passado distanciamento para não comprometer as investigações, mostrou que, dele, pouca coisa poderia se esperar em relação ao caso.
Na sexta-feira, Aluísio Mendes mudou a equipe de delegados e decretou o sigilo nas investigações.
E até gora, nada…