Até agora, apenas três membros da bancada governista – Zé carlos da Caixa (PT), André Fufuca e Chico Gomes (ambos do PSD) – assinaram o requerimento de criação da CPI da Pistolagem, na Assembleia Legislativa.
Gomes e Fufuca poderão receber pressão para retirá-las.
Também membro da bancada governista, Zé Carlos adota postura mais independente em relação à atuação na Casa e não deverá sofrer a mesma pressão.
Os líderes governistas temem que a orientação do Palácio dos Leões seja a de vetar a comissão – embora não tenham ainda falado oficialmente com o governo.
O temor é que a comissão, cuja autoria é do petista Bira do Pindaré, seja usada politicamente para desgastar a imagem do governo, que já enfrentando problemas com a falta de respostas efetivas da polícia ao assassinato do jornalista Décio Sá.
Além de Gomes, Fufuca e o autor, outros 10 deputados já assinaram o pedido de criação da CPI: Othelino Neto (PPS), Marcelo Tavares (PSB), Valéria Macêdo (PDT), Zé Carlos da Caixa (PT), Graça Paz (PDT), Luciano Leitoa (PSB), Carlinhos Amorim (PDT), Eliziane Gama (PPS), Neto Evangelista e Gardênia Castelo (ambos do PSDB).
Com este total, faltaria apenas uma assinatura para garantir a instalação.
A deputada Cleide Coutinho (PSB), que não está na cidade, deve assinar semana que vem. Já Hemetério Weba (PV) assumiu o compromisso público, ao declarar da tribuna que assinaria a criação da CPI.
O requerimento da CPI é claro: o objetivo é investigar casos de assassinato com características de pistolagem – entre eles o de Décio Sá.
Para o autor do requerimento, nada há que possa comprometer o governo.
Mesmo assim, os deputados governistas passam longe das assinaturas…