Este blog vem denunciando desde o início que a greve dos motoristas de ônibus de São Luís não passa de um esquema montado pela categoria, em conluio com o Sindicatos das Empresas de Transporte (SET), e com a complacência da justiça do trabalho e da Prefeitura de São Luís.
Hoje, a paralisação de 100% da frota cumpre mais uma etapa deste conluio.
A greve de ônibus começou exatamente do mesmo jeito que se repete ano após anos – Primeiro, as empresas dizem que precisam aumentar as tarifas, que, segundo elas, não cobrem os custos de operação; em seguida, os trabalhadores anunciam a greve.
No primeiro momento, a prefeitura mantém-se calada, nega o aumento de passagem e argumenta que a questão do reajuste salarial é um problema trabalhista.
Depois de muita mídia, os profissionais páram 70% da frota, forçando a Justiça a cumprir sua parte no esquema: reunião para arbitrar o valor do reajuste.
Geralmente, na primeira reunião nada é resolvido. Chama-se, então, uma segunda rodada, quando o TRT arbitra reajuste que ninguém dá bola – este ano foi de 7%.
Na etapa seguinte os motoristas páram 100% e o caos começa.
É a nova senha para que a Prefeitura entre no debate – também obrigada pela justiça – e aceite negociar, ás escondidas, um reajuste nas tarifas.
Garantido o aumento de passagem, as empresas acenam com um reajuste qualquer aos motoristas, que retornam ao trabalho, preparando-se para nova greve, no ano que vem.
A Justiça do Trabalho lava as mãos e tudo fica por isso mesmo.
E a população que pague a conta…