O balanço das investigações nestes 30 dias mostram que a polícia pouco avançou no caso – ou esconde informações relevantes à população.
Alegando proteção às testemunhas, o secretário Aluísio Mendes determinou o sigilo das investigações quatro dias depois do assassinato.
Parece não haver nenhuma linha-mestra de investigação, nenhum rumo seguido pela polícia e nenhum grupo de suspeitos catalogados – de mandantes a assassinos.
“Afunilamento” ou “estreitamento” das linhas de investigação são apenas termos do jargão policial para dizer exatamente nada.
O dossiê do caso Décio Sá é um calhamaço de depoimentos, sem nenhuma prova física, sem impressões digitais ou confissões que garantam a instrução de um processo penal confiável.
Para seguir com o caso, a Segup decretou ontem a prorrogação das investigações.
Mas será necessário outra providência: pedir a prorrogação da prisão dos suspeitos.
Mas, a menos que eles tenham relação com o “afunilamento” das investigações, a polícia não terá elementos argumentativos para mantê-los atrás das grades.
E, assim, a elucidação do assassinato torna-se ainda mais difícil…