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A aposta eleitoral de José Reinaldo e Flávio Dino…

Enquanto José Reinaldo fica de um lado...

O ex-governador José Renaldo Tavares (PSB) não morre de amores por João Castelo (PSDB). Pelo contrário, tem mágoas profundas do prefeito.

Por isso, soou estranho quando Tavares decidiu anunciar aliança com Castelo já no primeiro turno das eleições municipais, quando todos o viam articulando o então “consórcio de candidatos” de Flávio Dino (PCdoB).

Mas a jogada do ex-governador tem uma lógica, combinada nos mínimos detalhes com o próprio Flávio Dino.

José Reinaldo não esconde de ninguém que aprendeu quase todas as táticas políticas com o senador José Sarney (PMDB), com quem conviveu por mais de 30 anos.

A jogada com Castelo é mais uma destas táticas que ele imagina ter aprendido com o ex-presidente. Com a adesão ao governo castelista, Tavares imagina ter blindado as duas alas da oposição ao grupo Sarney.

...Flávio Dino fica de outro, mas com o mesmo objetivo

Funciona assim, na cabeça da dupla: imagina o ex-governador que com sua presença no governo Castelo o grupo Sarney não teria como declarar apoio ao prefeito num eventual segundo turno.

E, como do outro lado – sendo Edivaldo Holanda (PTC) ou Tadeu Palácio o desafiante de Castelo  – Flávio Dino estará no palanque, os Sarney ficariam definitivamente fora da sucessão municipal.

Pura tolice de alguém que acha pensar mais que os outros.

O grupo Sarney tem um candidato – Washington Luiz (PT) – com estrutura, apoio partidário e cacife eleitoral que lhe dão amplas chances de chegar ao segundo turno.

Mas, se Washington não estiver, o grupo apoiará aquele queachar melhor para o grupo, seja Castelo, Tadeu Palácio ou Edivaldo Holanda.

E não será a presença de José Reinaldo – e muito menos a de Flávio Dino – que impedirá este apoio…

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