O secretário de Segurança Pública Aluísio Mendes sabe que o “Cutrim” citado pelo pistoleiro Jhonatan de Souza em seu depoimento à polícia é o deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD).
O promotores que acompanham o caso também ouviram o nome do deputado e fizeram questão de confirmar com o assassino: “que Cutrim”?”
– “deputado Raimundo Cutrim”, respondeu o bandido.
Esta informação está gravada, segundo o secretário.
Aliás, não só os investigadores, mas todo o governo sabe – de Roseana Sarney ao seu secretário mais simples. Todos foram informados por Aluísio Mendes.
Mas o secretário prerfere manter-se calado publicamente, jogando inforrmações aqui e ali nos bastidores, sem se comprometer, sangrando o deputado na mídia e na sociedade.
E Cutrim, por sua vez, faz de conta que nada acontece, esperando sua hora de reagir.
O Sistema de Segurança sabe, por exemplo, que Gláucio Alencar se aconselhou com Cutrim quando recebeu a proposta de execução da Fábio Brasil. Há telefonemas entre eles gravados pela polícia, segundo o próprio Aluísio.
Também sabem os investigadores que o “Cutrim” citado por Júnior Bolinha no momento de sua prisão é o deputado Raimundo Cutrim, a quem chamou de “padrinho”.
O curioso nisso tudo é que a Secretaria de Segurança tem as informações, sabe das ligações, mas não toma qualquer providência.
No entanto, decidiu prender o capitão Fábio Aurélio “Capita” apenas por supor sua participação no crime – por ser amigo de Bolinha.
É pelos dois pesos e duas medidas demonstrados no caso que a investigação vai se tornando cada vez mais obscura.
Como se quisessem encontrar saída honrosa que não manche as “instituições”.
E a segurança, que seja feita por qualquer um…