É compreensível – e respeitável – o critério adotado pelo secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, em relação ao suposto envolvimento do deputado Raimundo Cutrim (PSD) com o assassinato do jornalista Décio Sá.
O Maranhão inteiro sabe da relação conturbada existente entre Aluísio e Cutrim, sucessor e sucedido, substituto e substituído na Secretaria de Segurança.
Neste aspecto, qualquer atitude de Aluísio que pudesse ser entendida como contrária a Cutrim, poderia ser interpretada como uma espécie de represália do secretário.
Natural, portanto, que Aluísio mantenha absoluta cautela no caso.
Por isso ele não tomou nenhuma atitude após o depoimento de Jhonatan de Souza, que disse com todas as letras: Cutrim “é o principal mandante na morte de Décio”.
Com uma informação destas, o melhor é investigar, esgotar todas as possibilidades, esclarecer todas as dúvidas para, só então, agir.
Aluísio quer, com isso, deixar claro que, mesmo tendo as condições, não usará a máquina do sistema de Segurança contra um adversário.
Mas se ficar comprovada a culpa deste adversário…