O Ministério Público Estadual é a única testemunha independente para esclarecer as dúvidas jogadas pelo deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD) sobre as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.
Segundo Cutrim – que classificou de “moleque travestido de secretário” o titular da Segurança Pública, Aluísio Mendes – o depoimento de Jhonatan de Souza foi ensaiado para incriminá-lo.
A polícia pode desmentir e garantir que não houve manipulação, mas o testemunho dos promotores que acompanham o caso é fundamental no processo.
Foram seis representantes do Ministério Público indicados a acompanhar as investigações.
Desde o início estão os promotores Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, Ana Carolina Cordeiro de Mendonça e Luiz Muniz Rocha Filho.
Os três acompanharam de perto coletas de provas, diligências, pedidos de quebra de sigilo telefônico e, principalmente, depoimentos de testemunhas.
Depois, chegaram mais três promotores, que se juntaram ao grupo e acompanharam a prisão e os depoimentos de todos os envolvidos, desde o início.
Um destes representantes do MP, inclusive, está com um grupo de policiais em Minas Gerais, para averiguar se um bandido preso no interior daquele estado é o mesmo que deu fuga a Jhonatan de Souza, o matador de Décio Sá.
Promotores e policiais atuam juntos no caso desde as primeiras horas após o assassinato de Décio.
A manipulação dos depoimentos, portanto, só poderia ocorrer com a conivência dos promotores.
Que se manifestem, então…