Dos depoimentos já feitos à polícia maranhense, surge um personagem no mundo das negociações de “empréstimos pessoais” a quem o agiota Gláucio Alencar – acusado de ser o financiador da morte do jornalista Décio Sá – se refere com certo ódio e reverência.
Trata-se de Telmo Júnior, empresário, sobrinho da desembargadora Nelma Sarney e genro do deputado estadual Hemetério Weba (PV).
Pelo que se tira do que já foi dito à polícia, Telmo e Gláucio atuam no mesmo ramo de negócios, e disputam “agressivamente” o “mercado”, usando as armas de que dispõem.
E ambos usaram Décio Sá como instrumento de ataques mútuos.
Foi Telmo Júnior – segundo depoimento do próprio Gláucio – quem passou a Décio Sá a informação de que o adversário agiota estaria ligado à morte de Fábio Brasil.
Pelos depoimentos já vazados, que Telmo falava com propriedade por que participara de alguns encontros em que o assunto Fábio Brasil era tratado.
Depois, foi Gláucio Alencar quem se aproximou de Décio Sá, via advogado Ronaldo Ribeiro, outro personagem mais que enrolado nas tramas assassinas que vêm à tona com as invenstigações da morte do jornalista.
Gláucio Alencar e Telmo Júnior viviam – ou vivem – uma espécie de “guerra fria”, cada um ocupando o seu espaço, mas tentando, de uma forma ou de outra, tirar o adversário do “ramo”.
E o envolvimento de Décio com esta gente é o que pode ter precipitado a sua morte…