Em 6 de julho, este blog afirmou que o agiota José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, havia se recusado a depor no inquérito que investiga a morte do jornalista Décio Sá, no qual figura como mandante. (Releia aqui)
Motivo: ele afirmou que só falaria em juízo.
Vários comentários afirmaram que Bolinha havia, sim, falado à polícia, inclusive numa acareação com o assassino Jhonatan de Sousa, negando todas as acusações.
O blog manteve a informação por confiar em suas fontes – como sempre faz em qualquer aspecto da sua cobertura.
E tinha razão.
O agiota foi chamado às falas pela polícia no dia 22 de junho de 2012, em depoimento que começopu às 10h51, segundo cópias obtidas pelo blog do jornalista Gilberto Léda.
Os delegados que comandam as investigações fizeram diversas perguntas ao agiota.
– Que neste momento invoca o seu poder constitucional de permanecer calado e pretará os devidos esclarecimentos por conta do seu depoimento realizado na fase judicial, quando provará sua inocência – respondeu Bolinha, da primeira à última pergunta.
Os delegados perguntaram se ele conhecia Décio Sá, onde estava na noite do dia 23 de abril, sobre um caseiro de nome Aldir Dudman Diniz Pires, se deu permissão para Jhonatan, Gleisson e Shirliano irem com mulheres à chacara de sua propriedade, dentre outros questionamentos.
Para todas, a mesma resposta, como mostram trechos do depoimento ao lado.
O fato é que, de todos os acusados, Júnior Bolinha foi o único a se recusar a depor.
Mas os fatos contra ele falam por si só…