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Isso não é novidade…

Do blog de Linhares Júnior

Alguns setores da classe política maranhense hoje encarnam como ninguém o espírito fascista inaugurado por Mussolini na Itália de meados do século passado e tão bem desenvolvido pela Alemanha hitlerista posteriormente.

E o maior expoente destas práticas mostrou as garras em 2010 e, ao que tudo indica, recorre às mesmas práticas sórdidas em 2012 na tentativa de pavimentar seu projeto de poder para nosso estado.

Em 2010 Jackson Lago recebeu o pior ataque em toda sua história depois da cassação do mandato de governador.

Candidato em uma eleição que deveria servir como plebiscito que faria o povo decidir entre ela e a decisão que lhe afastou do cargo, ele foi simplesmente vilipendiado por uma campanha mentirosa que lhe imputava uma inelegibilidade inexistente!

A militância tremeu e aliados que antes estavam de prontidão temiam pelo ingresso em uma campanha que poderia ser inútil. Assim Jackson Lago foi sendo sangrado e teve seu direito de lutar bravamente, como sempre o fizera, arrancado. Dias antes da eleição, depois de um processo jurídico estranhamente vagaroso, a notícia: Jackson tinha sim o direito de levar para as ruas a luta que fora travada antes nos tribunais. Mas, era tarde e o esvaziamento da campanha do ex-governador tornou-se inevitável. O que acabou beneficiando Roseana Sarney.

Mas, não era Roseana quem abordava o assunto cassação em sua campanha, era Flávio Dino. O comunista repetia dia após dia: “esse você elege e ninguém cassa”. Não precisa ser cientista político para perceber para onde iria migrar parte do eleitorado de Jackson Lago caso ele fosse desacreditado. Contudo, a maioria do eleitorado jackista preferiu se recolher e Roseana sagrou-se então governadora no primeiro turno por meio de uma das jogadas políticas mais idiotas da história do nosso estado.

Em 2012 criou-se então o “consórcio opocisionista” que deveria juntar pré-candidatos e escolher entre o que estivesse mais bem colocado nas pesquisas. Pois não é novidade que o melhor colocado nas pesquisas dentro do grupo formado por Roberto Rocha, Tadeu Palácio Edvaldo Holanda Jr. e Eliziane Gama foi o ex-prefeito. Justamente o maior companheiro de Flávio Dino no segundo turno das eleições de 2008. Foi Tadeu Palácio quem apoiou Flávio à revelia do seu partido, o PDT. Atitude que lhe rendeu um clima insustentável na sigla que acabou por chancelar seu desligamento.

Ora, então Flávio Dino poderia demonstrar o respeito ao aliado apenas cumprindo o prometido a todos. Que fosse Tadeu então o único candidato. Então Flávio decidiu arbitrariamente por Edvaldo Jr. Ora, quem melhor do que o trabalhista cristão para segurar no braço de Dino durante as eleições de 2012 e manter viva a fantasia falsa de ideia de “novidade” que nas próximas eleições irá completar dez anos? Tadeu Palácio não serviria como escada no projeto, por isso foi descartado.

Mas, quando todos pensavam que as eleições então seriam normais, pelo menos no começo, um candidato a vereador aliado de Edvaldo Jr. e Flávio Dino entra com uma ação pedindo a impugnação da candidatura de Tadeu Palácio. Uma história que lembra em ABSOLUTAMENTE tudo a canalhice orquestrada contra Jackson Lago em 2010. E antes que algum desinformado ou mal-intencionado querira desmentir, que tal ler esta notícia?

E nem vou me ater aqui em relação às atitudes tomadas por Dino em relação ao ex-governador José Reinaldo Tavares. Todos sabem que foi o ex-governador o responsável pela eleição de Dino em 2006 e que em 2010 José Reinaldo fora prejudicado de morte em sua campanha a senador por conta da aventura eleitoral de Roberto Rocha. O mesmo Roberto Rocha que em 2012 foi conduzido a vice na chapa de Edvaldo Jr. passando por cima de José Reinaldo e com apoio incondicional de… Flávio Dino.

Tudo o que foi escrito são fatos facilmente verificáveis e apenas denotam o desprezo que Flávio Dino nutre não só em relação ao povo, quando tenta eleição após eleição confundir o eleitorado para alcançar seus objetivos, mas também a consideração que relega aos aliados que discordam de suas ordens.

É esse o novo tão parecido com aquele novo que também se elegeu deputado federal em 1958 para em 1965 (sinal dos tempos?) iniciar uma volta ao medievalismo no Maranhão.

PS: E antes que se caia no mesmo “mimimi” inócuo sobre o termo fascista, cabem aqui umas ressalvas: um fascista é, grosso modo, um totalitário que lança mão em quaisquer meios antidemocráticos para tentar chegar ao poder. Usa discursos populistas para tentar arregimentar o povo, mas não mede esforços, nem mesmo a supressão dos direitos do próprio povo, para tentar consolidar seu poder. E uma das táticas fascistas mais bem exploradas por Hitler e Mussolini foi a boataria mentirosa em relação a seus adversários.
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