Conhecido nos bastidores da política como “Imperador”, o empresário Eduardo José Barros Costa, o Eduardo DP – filho da prefeita de Dom Pedro, Arlene Costa – tem nada menos que sete Carteiras de Identidade e quatro CPFs, revelou reportagem do Jornal Pequeno.
E a prática parece ser familiar.
Os dois irmãos de Eduardo, Arnaldo Costa e Alfredo Júnior – e o pai, Alfredo Falcão Costa – também usam documentos com números diferentes.
De acordo com a matéria do JP, assinada pelo jornalista Oswaldo Viviani, Eduardo DP tem RGs com local de nascimento em Dom Pedro e em Tutóia, ambas cidades do Maranhão. A datas de nascimento também são diferentes em cada documento, embora preservem a mesma filiação. (Leia aqui a íntegra da reportagem)
Os CPFs e CIs diferentes foram usados por DP, seus irmãos e seu pai nas alterações contratuais das empresas da família: Cerealista e Transportadora 3 Irmãos, em maio de 2000; Construtora e Comércio Costa (julho de 2002); DP Comercial e Construções (agosto de 2002); Construimper (novembro de 2003); Imperador Empreendimentos e Construções (janeiro de 2008); FBA Construções e Projetos (janeiro de 2009); novamente DP Comercial e Construções (junho de 2009); e novamente Imperador Empreendimentos e Construções (agosto de 2010).
Eduardo DP aparece em documentos e gravações da Polícia Federal na operação “Capitania Hereditária”.
A operação investigou desvio de mais de R$ 150 milhões no Incra, num esquema que envolve gente do quilate do agiota Gláucio Alencar – preso como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá – o lobbysta João Batista Magalhães e o juiz de Caxias, Sidarta Gautama, também investigado pelas relações que mantém com Gláucio Alencar.
A operação no Incra foi comandada pelo delegado Pedro Meireles, citado no depoimento de Gláucio Alencar referente ao caso Décio.
Na semana passada, a Polícia Federal divulgou que abriu sindicância para apurar o envolvimento de “policial federal” encolvido com quadrilhas de agiotas no Maranhão.
A PF não revelou o nome do policial investigado…