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Escutec: duas verdades e a possível quebra de um paradigma…

Washington começa a crescer, ainda que lentamente

A segunda rodada de pesquisas do Instituto Escutec para o jornal O Estado do Maranhão consolida duas verdades e sugere a possível quebra de um paradigma.

A primeira verdade: tudo indica que a disputa em São Luís se dará, principalmente, entre duas “máquinas”, a da prefeitura e a do Governo do Estado.

O prefeito João Castelo (PSDB) avança e se consolida como nome certo em um eventual segundo turno, com seus 33,5%; praticamente limitando a disputa dos demais por uma única vaga restante na final.

E é o candidato do PT, vice-governador Washington Luiz, quem finalmente mostra fôlego para brigar por esta vaga.

Castelo entre jovens: ampliação do eleitorado

Seus 5,4% podem parecer ainda medíocres, mas o fato de ele ter ultrapassado Haroldo Sabóia (PSOL) e Eliziane Gama (PPS) e se estabelecido entre os quatro principais candidatos, demosntra forte capacidade de crescimento.

E conta ainda com a tendência de queda acentuada de Tadeu Palácio (PP) e com a estagnação de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).

É esta, inclusive, a segunda verdade consolidada da pesquisa Escutec.

Por mais que o padrinho Flávio Dino (PCdoB) insista em grudar seu nome ao do afilhado, chegando a passar a idéia de que é ele o candidato – ou talvez até por isso – Holandinha do PTC não consegue desgrudar da casa dos 17%, registrados desde que anunciou seu nome na disputa, ainda em fevereiro.

Holanda: extrema dependência a Dino não surte efeito

Os 19,8% com os quais ele aparece agora, nem podem ser considerados em relação à pesquisa anterior, uma vez que bem abaixo da margem de erro.  Aplicando esta margem – de três pontos – pode significar que Holandinha esteja com 22,8%, o seu total máximo já registrado, em diferentes pesquisas; ou com 16,8%, o que, na prática, dá os mesmos 17% de sempre.

Mas a pesquisa sugere também a possível quebra de um paradigma, como anunciado no início do texto.

Este paradigma foi criado pelo senso-comum de que candidato com mais de 40% de rejeição tende a perder a eleição. A premissa resultou até em livros sobre regras eleitorais, mas se demontra frágil, pelo menos no caso São Luís.

O prefeito João Castelo se mantém como o mais rejeitado: são 40% de eleitores que declararam não votar nele “nem que a vaca tussa”. Mesmo assim, ele conseguiu crescer quase sete pontos percentuais, ampliando para mais de 13 pontos a vantagem em relação ao segundo colocado.

Pode ser que o patamar represente exatamente o seu teto – previsto na casa dos 35%, como imaginam os adversários. Mas pode ser também, que o deslocamento signifique um avanço para uma ainda remota vitória no primeiro turno, como acreditam seus aliados.

De uma forma ou de outra, Castelo se consolida nas eleições da capital maranhense.

Como o adversário a ser batido…

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