Desde que este blog publicou a foto do helicóptero doado pelo empresário Dedé Macêdo e usado pelo ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) na sua campanha de governador – fato que ele vinha negando – os asseclas do comunista passaram a garantir que a doação constava de sua prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Os aliados de Dino apenas afirmavam que o uso do helicóptero estava na prestação de contas, mas se recusavam a divulgar o documento.
Imaginavam, provavelmente, que, diante da dificuldade que é analisar a prestação de contas, certamente ninguém iria checar – como de fato, os blogs manipulados pelo PCdoB não checaram, optando apenas por reproduzir “release” escritos pela assessoria do ex-deputado.
Mas este blog foi atrás.
Analisou todas as contas de Flávio Dino prestadas à Justiça Eleitoral. As dele, a do comitê financeiro de campanha, as do PCdoB e as do PPS, partido que se aliou aos comunistas em 2010.
Em nenhuma delas há qualquer menção ao uso de helicóptero ou doação de aeronaves para uso na campanha.
Como exige a lei, o uso do helicóptero deveria constar destes documentos, mas Flávio Dino prefeiru escondê-lo da Justiça Eleitoral.
Diante do grau de detalhamento da prestação de contas, que não esqueceu de informar até pagamentos de meros R$ 186,00 na rubrica “despesa com pessoal”, fica clara a má-fé na não informação do uso do helicóptero.
Até a água usada por Dino e aliados está lá: R$ 3.340,50 pagos à Pablo H.C. Castro ME, empresa que tem “Boca D’Água” por nome de fantasia.
Só não consta o helicóptero – nem como despesa, muito menos como doação.
A despesas de Flávio Dino com deslocamentos aéreos foram pagos apenas à Heringer Taxi Aéreo LTDA. como consta de sua declaração ao TSE. Foram R$ 55,9 mil sob a rubrica “Despesa com Transporte e Deslocamento”.
Mas o helicóptero de Dedé Macêdo – que cruzava os céus transportando o candidato – foi escondido pelo comunista.
A única referência à família Macêdo é uma doação de R$ 5 mil feita por José Wilson Macêdo, o próprio Dedé, na planilha “Receita”.
Segundo o vereador Geraldo Castro (PCdoB), que compunha o comitê financeiro da campanha dinista, “são estes R$ 5 mil que representam o uso do helicóptero”.
Os mesmos R$ 5 mil, no entanto, foram devolvidos ao mesmo Dedé Macêdo, conforme a prestação de contas, na rubrica “Baixa de Recursos Estimáveis em Dinheiro”.
No início da semana pasada, Castro prometeu encaminhar ao blog os recibos que coprovariam o uso legal do helicóptero.
Alegando que a pessoa responsável pelos documentos estava viajando, marcou primeiro para terça-feira, 31 de julho; depois para sexta-feira, 3 de agosto e, mais tarde, para segunda-feira, 6. Nada foi encaminhado ao blog.
Neste meio tempo, o blog efetivou nova pesquisa – mais uma vez nas contas do candidato, dos partidos e do comitê financeiro. A nova pesquisa só confirmou os mesmos dados já obtidos.
O fato é que o helicóptero com o qual Dino fez campanha não foi declarado em sua prestação de contas, pelo menos com a referência necessária, como os outros ítens da prestação de contas.
E o aparelho continua a cortar os ares maranhenses.
Mesmo invisível à Justiça Eleitoral…