A prisão do cabo PM Francisco Esteves, ontem, em Pinheiro, trouxe mais evidências de que a quadrilha de agiotas chefiada por Gláucio Alencar – e que encomendou a morte do jornalista Décio Sá – tem mesmo tentáculos em toda a estrutura estadual.
É como o crime organizado, uma máfia, que alicia servidores públicos, policiais e políticos, garantindo proteção em troca de dinheiro.
Francisco Esteves confessou que trabalha como segurança e como motorista de Ronaldo Ribeiro, advogado e amigo de Gláucio Alencar.
E nesta condição, deve ter presenciado diversas conversas e ações criminosas, traindo aquilo que jurou defender quando formou-se na academia de polícia.
Mas há outros policiais envolvidos com a quadrilha.
Dois deles – identificados apenas por Durans e Acides – chegaram a participar de reuniões sobre a morte de Fábio Brasil. Foram afastados das funções, mas nunca mais falou-se neles.
Esta semana, o blog de Luís Pablo noticiou que policiais ligados ao agiota estariam pressionando prefeitos e ex-prefeitos devedores do esquema a quitar suas supostas dívidas.
Gláucio Alencar mantinha – ou mantém – influência também sobre deputados estaduais, juízes, policiais federais e membros de vários outros órgãos públicos.
Os nomes já foram todos divulgados na mídia, ao longo destes quase 120 dias.
Mas a prisão de Francisco Esteves mostra também que, mesmo diante da ação da polícia, os investigados parecem não se importar.,
E os que ainda estão soltos, continuam agindo da mesma forma.
Com se na estivesse acontecendo.
Coisa de máfia mesmo…