Lobão: Insegurança e ansiedade por 2014…
Cada vez que seus aliados plantam na imprensa a suposta decisão da cúpula do grupo Sarney de que o ministro Edison Lobão (PMDB) será o candidato a governador em 2014, a idéia que fica é a de uma forte ansiedade e uma indisfarçável insegurança do próprio ministro.
Só este ano, aliados de Lobão na imprensa divulgaram nada menos que duas reuniões de Roseana Sarney, José Sarney e João Alberto para definir sua candidatura.
A primeira ocorreu em janeiro, na ilha de Curupu. Lobão saiu de lá, segundo o que foi divulgado, “candidato a governador em 2014”. (Leia aqui)
A outra reunião foi anunciada domingo, no blog de Luís Pablo, mais uma vez como fato inusitado para favorecer Lobão. (Leia aqui)
Mas se Lobão já havia sido escolhido candidato em janeiro, por que a necessidade de escolhê-lo novamente sete meses depois? E quantas vezes mais vão precisar escolhê-lo até 2014?
Nada destas reuniões é vazado, mas, a partir delas, surgem notinhas, especulações e boatos de que a definição do grupo para 2014 foi tomada.
Como parte do roteiro, ninguém desmente nem confirma.
Tudo fica no ar.
Além da insegurança, as repetitivas notícias de sua cadidatura demonstram também a ansiedade de quem não tem convicção no próprio futuro.
Exemplo disso é o post do blog de Gilberto Léda, em 26 de julho, intitulado Edison Lobão sobre candidatura: “não dá mais para esperar”.
O pior é que Lobão não precisa desta pressa toda.
Político com longa folha de serviços prestados, será naturalmente candidato a governador, se as pesquisas indicarem que ele reúne as condições para vencer a disputa.
Caso a governadora Roseana Sarney não tenha esta garantia – ou caso tenha a garantia de que o candidato pode ser outro – ela e o seu grupo, certamente, saberão contemplar Lobão.
A ansiedade do ministro, portanto, só depõe contra ele mesmo.
Afinal, quem está consolidado não precisa ser ratificado a todo momento.
É simples assim…