Ícone do site Marco Aurélio D'Eça

Eliziane e Tadeu devem ficar neutros; e há razões para isso…

Eliziane e Palácio: mais preparados, mas rechaçados

É pouco provável que a deputada Eliziane Gama (PPS) e o ex-prefeito Tadeu Palácio (PP) declarem apoio oficial ao candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) neste segundo turno, apesar da intensa pressão do ex-deputado Flávio Dino (PCdoB).

E muito menos ao prefeito João Castelo (PSDB).

Ambos têm fortes razões para rechaçar as duas idéias e o mais provável é que se declarem neutros na segunda rodada de disputa.

Em relação a Castelo, Tadeu Palácio foi seu aliado em 2006, quando indiciou a então mulher, Tati Palácio (hoje no PCdoB), como suplente da candidatura do tucano ao Senado. Em 2008, trabalhou contra Castelo na candidatura de Flávio Dino (PCdoB). E Castelo centrou sua gestão nas críticas ao leado deixado por Palácio.

O prefeito aponta, inclusive, o que foi deixado por Tadeu como fator do insucesso de sua gestão em alguns setores. 

Eliziane Gama, por sua vez, construiu toda a sua carreira política de dois mandatos na Assembleia como oposição ao prefeito. Sua atuação como deputada é fortemente marcada pela crítica à atual gestão. Foi, inclusive, a uma candidata com legitimidade para  se contrapor a Castelo, uma vez que nunca esteve do lado dele.

Por outro lado, a concepção de Eliziane Gama – e principalmente de Tadeu Palácio – em relaçãoà candidatura de Edivaldo Holçanda Júnior é a de que foram enganados e humilhados por Flávio Dino com a invenção do “consórcio oposicionista”.

Enganados por que, hoje, têm convicção de que Dino já havia se decidido por Holanda Júnior antes mesmo de chamá-los para compor o consórcio.

E os fatos comprovam: o ex-governador José Reinaldo já contou – a este blog e a vários jornalsitas – que, ainda em junho do ano passado, reuniu-se com Flávio Dino e com o ex-deputado Edivaldo Holanda propondo a candidatura de Holanda Júnior.

A idéia era transferi-lo do PTC para o PDT.

Com a proposta de mudança de partido, Flávio e José Reinaldo chegaram a se reunir, em Brasília, com o ex-ministro Carlos Lupi – hoje patrocinador da campanha de Holandinha. A resistência de setores do PDT inviabilizou a mudança, mas Dino manteve o compromisso com o pai do candidato.

Para garantir a unidade dos partidos, o grupo usou José Reinaldo para atrair Tadeu Palácio e Eliziane Gama. Mas, ao mesmo tempo, Flávio Dino negociava também com Roberto Rocha – já então prometido como vice de Holanda Júnior. Isso ainda no ano passado.

Candidatos devem se posicionar

Toda esta hitória foi confirmada mais de uma vez pelo deputado Marcelo Tavares (PSB), sobrinho de José Reinaldo. Ele inclusive, disse ter ficado chocado quando Tavares decidiu “largar” e apoiar Castelo – desiludido, sobretudo, com a fragilidade do candidato escolhido por Flávio.

A farsa do “consórcio oposicionista” durou até abril.

Este blog, por várias vezes, revelou que a unidade não passava de uma farsa, e chegou a conversar com os próprios candidatos sobre o tema. Iludidos, seguiram até o fim, achando que as pesquisas e a força de cada um seria levado em conta.

Não foram.

Holandinha foi ungido por Flávio Dino, levando Tadeu e Eliziane a lançar candidaturas próprias. O clima da campanha tratou de acirrar os ânimos.

Hoje, tanto Palácio quanto Eliziane tratam a dupla Flávio Dino/Holandinha, além de Holanda pai, Weverton Rocha, Márcio Jerry e Julião Amin, com termos que não são propriamente elegantes para publicação.

Reintegrar-se a este mesmo grupo, agora, deporia contra os próprios candidatos.

Por isso, pelo que se desenha, eles devem permanecer neutros no 2º Turno…

Sair da versão mobile