A exibição pelo programa de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) de novas imagens da reunião que sugere a criação de uma milícia armada para atuar em sua campanha – obviamente, apenas a parte que eles achavam interessar ao candidato – foi, na verdade, um tiro no pé.
A exibição da reunião é uma confissão de crime eleitoral no programa do próprio Holandinha.
Com as imagens, Holanda Júnior está confirmando que houve a reunião. Ou seja, desmente ele próprio, que tentou dizer tratar-se de uma montagem pra prejudicá-lo.
Ora, se a reunião com os militares ocorreu – e o próprio Holandinha confessa isso exibindo as imagens em seu programa – está caracterizado o crime eleitoral por abuso do poder político e econômico.
A juíza Luzia Madeiro Nepomucena, que negou o Direito de Resposta a Holanda Júnior no programa de Castelo, afirmou em seu despacho haver “claros indícios de crime eleitoral na reunião com os militares”. E classificou de torpeza a presença do candidato no local.
Nenhum servidor público, seja ou não no horário de trabalho – e muito menos militares, que tem regras mais rígidas – pode usar de suas funções para fazer campanha política.
O crime eleitoral de Holandinha está caracterizado e confessado por ele próprio.
Elegê-lo, portanto, é correr o risco de perder o voto.
Simples assim…