Um detalhe passou despercebido na sentença do Tribunal de Justiça negando Habeas Corpus a Júnior Bolinha, acusado de ser o responsável pela contratação do assassino que matou o jornalista Décio Sá.
A 2ª Câmara Criminal do TJ teve o mesmo entendimento da juiza de 1º grau, de que deixar Bolinha em liberdade é correr o risco de ele votlar a cometer os mesmos crimes .
E qualquer um pode ser vítima: denunciantes, policiais, imprensa e quem mais tenha atravessado o seu caminho.
Como Décio Sá, segundo as investigações.
Diz o relator do recurso da defesa de Bolinha, desembargador Raimundo Nonato de Souza, segundo a assessoria do tribunal:
– [o argumento da juíza] é suficiente para manter a prisão, em razão de considerar a temeridade de que o denunciado volte a praticar outros atos da mesma natureza.
Júnior Bolinha é apontado pela polícia – e na denúncia do Ministério Público – como um homem muito perigoso, ameaçador.
Os depoimentos do caso Décio mostram que ele foi capaz de chantagear até o proprio patrão, Gláucio Miranda, apontado como o mandante damorte do jonalista.
Para tentar libertá-lo, sua defesa chegou a propor até o uso de tornozeleira eletrônica, daquelas usadas pelo pessoal de Paço do Lumiar, preso em julho.
A Justiça entendeu que nem isso seria capaz de conter Júnior Bolinha…