Parece um dejavù o sumiço do prefeito eleito no período de transição em São Luís.
Isso ocorreu também em 2006, quando Jackson Lago (PDT) venceu a eleição para o Governo do Estado – depois provado que fraudulentamente – e desapareceu de São Luís por quase todo o período de transição.
Após intensa cobrança da imprensa, descobriu-se que o sumiço do governador tinha uma explicação: Jackson não tinha um plano de governo nem uma equipe de governo e teve que se ausentar para montar tudo às pressas, por que nem imaginava que venceria o pleito.
Edivaldo Holanda Júnior (PTC) parece agora repetir a cena de Jackson.
O prefeito eleito desapareceu de São Luís desde que venceu o primeiro turno, há exatos 18 dias. Neste período, várias confusões se formaram no seio do seu grupo.
De possibilidade de aumento de passagem à desautorização pública do vice-prefeito; de crise da comissão de transição com prefeito João Castelo (PSDB) à oficialização da terceira via, após ascensão de Eliziane Gama no PPS.
E Holandinha permaneceu calado, em lugar incerto e não sabido.
Todos falam por ele; todos montam sua agenda, menos o próprio Holandinha, que parece escondido, como se olhasse o governo e perguntasse: e agora?
O prefeito eleito nunca mostrou o seu plano de governo. Pode ser que, como Jackson, ainda esteja montando às pressas.
Mas a pressa de Jackson Lago influenciou diretamente o seu governo, independentemente de processo de cassação.
E deu no que deu…