O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) está pressionando desde sexta-feira para que o Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos de São Luís (SimfuspSL) não realize assembleia-geral para decidir sobre sua proposta de parcelamento do salário de dezembro.
A assembleia-geral está marcada para terce-feira.
Holandinha mandou sua assessoria divulgar, sexta-feira, que os sindicatos todos aceitaram sua proposta. A divulgação do press-release era uma tentativa de tornar o fato consolidado.
Mas o SinfuspSL não a ceitou a proposta por que considera que o parcelamento agride violentamente a maior parte do servidores municipais, que ganha, em média, pouco mais de um Salário Mínimo.
Pela proposta holandina – que priorizou professores e outros cargos de maior status com o pagamento integral – os barnabés receberão apenas cerca de R$ 300,00 em janeiro.
As outras duas parcelas – de cerca de meros R$ 150,00 – serão trasnferidas para fevereiro e março.
Se, com média salarial de R$ 622,00 os funcionários já têm dificuldade para sobreviver no mês, imagine ficar com apenas metade disto em um mês de compras escolares e outros débitos do período?
Holandinha criticou o prefeito João Castelo (PSDB) por, supostamente, ter priorizado fornecedores em detrimento dos funcionários públicos.
Mas faz à mesma coisa ao priorizar professores – que, geralmente, têm outras fontes de renda – em detrimento dos servidos mais modestos.
E o pior: faz isso com um sofisma, dizendo que os profissionais do magistério receberão integral porque seus salários são pagos pelo Fundeb.
Mentira! O Fundeb só banca 60% do salário. O outros 40% serão bancados pela própria prefeitura.
Dinheiro este que será tirado do que poderia pagar os barnabés menos aquinhoados…