Por qualquer ótica que se veja, a percepção imediata é a de que o prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PTC) capitulou ante a incapacidade de gerir o caos recebido do prefeito João Castelo (PSDB).
Sem ter como seguir com as próprias pernas – como apregoara durante a campanha – Holandinha e os seus pediram arrego antes mesmo da primeira curva.
E tendem a entregar a operação das principais pastas a quem entende de fato de gestão.
Na Saúde, o secretário Vinícius Nina já acenou com a prorrogação do acordo que mudou a cara dos socorrões e unidades mistas de saúde desde que passaram a ser gerenciados pela equipe do secretário estadual Ricardo Murad.
Na Educação, nem a coletânea de títulos acadêmicos do professor Allan Kardec Barros Duailibe impediu que ele buscasse auxílio de meros mortais – como Pedro Fernandes, na Educação estadual, e Aluísio Mendes, na Segurança.
A audiência do prefeito Edivaldo Júnior com a governadora Roseana Sarney, ontem à tarde, foi só a consequência natural de um fato observado lá atrás pela lente deste blog: Holandinha é despreparado e inseguro para o cargo. E não encontrou entre os seus alguém que pudesse dar-lhe a segurança necessária para seguir em frente, sozinho, mesmo diante de tanta pressão.
Mas o arrego holanista não deixa de ser uma jogada esperta.
Sem capacidade de gerenciar os próprios problemas, Holandinha os repassa ao estado no momento adequado – a hora una da sua gestão. Lá na frente, quando tudo estiver nos eixos, apenas ele herdará os louros da reorganização do caos.
Mas ele esquece que, no governo Roseana Sarney, há quem consiga antecipar a visão dos holandistas e preveja as suas intenções.
Estes sim, conhecem a cor da chita…