O secretário de Infraestrutura Max Barros vai negar peremptoriamente, mas trabalha dia após dia – ao seu modo – pela indicação da Assembleia Legislativa para a vaga a ser aberta no Tribunal de Contas do Estado.
Está exatamente no “modo Max Barros” o problema do secretário.
Não há dúvidas de que Max é hoje um dos mais promissores quadros do grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) – tanto do ponto de vista político quanto administrativo.
Não há – nem no governo, nem na oposição – quem duvide de sua honestidade, competência e capacidade de trabalho.
Mas o modo Max Barros de agir tem lhe tirado importantes espaços de poder.
Max Barros perdeu para ele próprio a presidência da Assembleia Legislativa, em 2011 e em 2012. Perdeu por que não quis articular sozinho a candidatura entre os colegas, preferindo que o governo Roseana Sarney viesse a impor seu nome de cima abaixo.
O resultado foi a eleição e reeleição de Arnaldo Melo (PMDB).
Foi deste modo também que Max Barros abriu mão da candidatura de prefeito em 2012 – posto para o qual mostrava absoluta má-vontade desde quando foi lançado publicamente pela governadora.
No modo Max Barros, é com a força do Palácio dos Leões que ele espera ser ungido conselheiro do tribunal de contas, na eleição de outubro próximo – que ainda pode ser antecipada.
Acha que a força do governo Roseana fará frente à articulação de corpo-a-corpo que já é realizada pelos colegas Rogério Cafeteira (PMN) e César Pires (DEM), e até pelo azarão Flávio Olímpio Neves, funcionário da própria Assembleia.
Esquece o secretário, que as guerras nunca foram vencidas apenas pela cabeça coroada de generais, reis e rainhas, do alto de seus palácios e quartéis-generais.
Elas são vencidas, sobretudo, pelas batalhas na planície…