A cada movimentação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) fica mais evidente um conceito estabelecido neste blog ainda durante a campanha eleitoral: o de que ele é despreparado para o cargo.
Mas é bom deixar claro que este despreparo inicial não significa que Holandinha esteja fadado ao fracasso administrativo.
Não, não está.
Ele ainda pode aprender com os próprios erros da gestão e fazer um excelente governo em São Luís – e tem elementos para isso.
A crítica do blog se dá exatamente pelo fato de que Edivaldo Júnior, mesmo sabendo que poderia ser prefeito, não tenha estudado o funcionamento da máquina administrativa, como fica claro em cada ação que empreende.
É inconcebível, por exemplo, que Holandinha não saiba – como ficou claro no encontro com a governadora Roseana Sarney (PMDB) – o montante a que São Luís tem direito no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Igualmente inconcebível que o prefeito não tivese conhecimento do valor que a capital maranhense recebe do Sistema Único de Saúde para as ações no setor – valor bem maior que o repassado pelo mesmo SUS ao Estado.
É inconcebível também que o prefeito de São Luís vá a uma reunião pedir parceria do governo sem que tenha em mãos os setores nos quais quer firmar esta parceria.
E toda esta exposição poderia ter sido evitada por Holandinha. Bastaria reunir seu pessoal antes da reunião com Roseana. De posse das informações de cada um, apresentaria as demandas à governadora.
Mas ele optou por ir “nu” de argumentos à governadora para, só depois, conversar com a própria equipe. O equívoco é mais uma prova do despreparo.
Edivaldo Júnior teve exatos três meses – desde a sua eleição – para estudar o funcionamento de São Luís.
Aliás, já deveria saber bem antes disto, uma vez que passou seis anos na Câmara Municipal e mais dois na Câmara Federal, com ampla possibilidade de acesso a números, balancetes e informações patrimoniais.
Até por que, ele mesmo já mostrava interesse em ser prefeito já no primeiro mandato de vereador. Se não se preparou para isso, nem deveria ter sido eleito.
Ao invés de estudar após a eleição, no entanto, Holandinha preferiu navegar nas ondas do populismo tão característico dos esquerdóides brasileiros – que detêm o controle de sua gestão.
É típico dos esquerdóides as frases de efeito e sem sentido prático, as mãos messianicamente levantadas em sinal de louvor a Deus e o maniqueísmo do tipo “nós contra eles” – que usa as massas para demonizar os que se opõem aos seus projetos.
O resultado da falta de preparo e da troca do estudo pelo populismo é um início de gestão claudicante, inseguro, atabalhoado.
Coisa de quem não sabia exatamente o que queria do futuro.
Exemplo acabado do despreparo…