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A homossexualidade na Igreja Católica…

A renúncia do papa Bento XVI ao título de chefe mundial da Igreja Católica – ele faz hoje a sua última aparição oficial no posto – recrudesceu o debate sobre pedofilia e homossexualidade na denominação religiosa.

Desde o anúncio de que o papa iria renunciar ao comando da igreja nesta quinta-feira 28, os escândalos sexuais de padres e bispos voltaram à tona – desta vez envolvendo até mesmo cardeais que participariam do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI.

Mas por que há tantos padres gays na Igreja Católica? Ou, pelo menos, por que surgem tantos casos de pedofilia nesse meio social?

Ao que parece, a própria doutrina da igreja acaba estimulando a busca da batina por homossexuais.

A exigência do celibato para sacerdotes funcionaria como uma espécie de “armário”, atraindo jovens que encontrariam neste tipo de cortina de fumaça uma forma de esconder sua condição sexual.

Numa igreja evangélica ou protestante – ou mesmo na sociedade secular – seria mais difícil para um jovem do sexo masculino alcançar a maioridade sem se relacionar com mulheres.

Tudo isso fruto também da cultura cristã impregnada, que disseminou a equivocada ideia de que ser gay é estar no pecado e distantes dos desígnios de Deus – uma tolice que funciona como mantra quanto mais atrasada é a sociedade.

Na igreja católica, homossexuais fugindo da opressão encontram a justificativa para não estar acompanhado exatamente o fato de ser padre, frei, seminarista…

Protegidos pela batina e pelo celibato, os jovens conseguem esconder sua condição da pressão familiar e social.

Mas acabam sucumbindo às “concupiscências da carne” de forma deturpada, usando da condição sacerdotal para abusar de menores – uma consequência da imposição doutrinária.

Como a igreja também é patrimonialista, estes “desvios” acabam sendo escondidos para evitar escândalos que levem a dilapidação patrimonial.

Desta forma, ao longo da história, os padres homossexuais se sentiam ainda mais protegidos no armário da doutrina celibatária.

O problema é que os tempos são outros, e a aura de santidade já não é vista por toda a sociedade, que tomou coragem para denunciar.

E o resto da história está sendo contada nos tempos atuais…

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