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Grifes exploram mão-de-obra; no Brasil e na China…

Fiscal da Receita vistoria oficina em que bolivianos trabalham em São Paulo

Uma série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo – com repercussão também na TV Folha, programa que o grupo mantém na TV Cultura (SP) – gerou forte mal-estar na São Paulo Fashion Week, semana de moda que aconteceu no último final de semana.

A reportagem da Folha descobriu um grupo de bolivianos que viviam ilegalmente em São Paulo, trabalhando para grifes com presença na SPFW em troca de comida e gorjetas por peças prontas.

Modelos desfilam peças da Lacoste em uma das feiras de moda

A Folha entrevistou um dos chefes destas famílias bolivianas – aliciadas em La Paz –  que contou receber R$ 1,20 pela costura de uma calça simples.

Em São Paulo, eles contraíam dívidas com as oficinas, responsáveis pela produção das grifes de luxo.

Essas dívidas – com passagens e vales – eram descontadas integralmente do miserável salário. (Leia uma das matérias aqui)

Na reportagem exibida na TV Folha, um estilista mostra-se exultante ao ser elogiado por usar roupa da GEP, mas perde o rebolado ao ser perguntado se sabia que a roupa é produzida por mão-de-obra explorada em países miseráveis.

É comum o uso de mão-de-obra barata – no Brasil, Vietnam, Taiwan, Peru, Bolívia e China – pelas grifes internacionais do mercado de luxo.

Até a Apple, gigante dos computadores, se rendeu ao baixo custo da mão-de-obra chinesa, como revela reportagem “Por que a Apple fabrica IPhone na China”

As italianas Prada e Gucci, e as francesas Louis Vuitton e Lacoste são outras das exploradoras.

Que pagam misérias a quem fabrica e cobram altíssimo de quem as usa.

E todo mundo usa…

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