O PCdoB é um partido histórico no Brasil, mas que sempre viveu à margem do poder – boa parte do tempo até na clandestinidade.
Sua relação com o poder é muito recente.
Por isso mesmo, é bem maior o peso das denúncias de corrupção envolvendo a legenda que se propõe diferente dos demais.
Mas a história mostra que não é.
Desde 2005, os comunistas no poder – no governo Lula e agora com Dilma Rousseff – protagonizaram escândalos de corrupção em todas as pastas por onde passaram. O Ministério do Esporte era o feudo do PCdoB, de onde escoava dinheiro público para a manutenção do partido, desviado de programas que deveriam beneficiar crianças e adolescentes no país.
Agora, com a denúncia do jornal O Globo, se descobre que os comunistas utilizam outras áreas do governo para roubar o dinheiro público, inclusive o moribundo programa “Minha Casa, Minha Vida”.
No Maranhão, o PCdoB também é recente na disputa de poder.
E, assim como o nacional, o partido local flerta com a corrupção desde 2006, quando seu chefão maranhense, Flávio Dino, após uma brilhante carreira no Judiciário, optou por vias tortas para chegar à Câmara Federal, utilizando-se de um esquema de votos bancado pelo então governador José Reinaldo Tavares (PSB).
Na curta história da Flávio Dino, há denúncias de compra de votos, envolvimento com o coronelismo político e até com agiotas financiadores de campanha eleitoral.
Em seis anos de carreira pública, o chefão do comunismo no Maranhão também protagonizou esquemas para garantir a sobrevivência do partido com dinheiro público, empregando seus principais auxiliares em gabinetes amigos na Assembleia Legislativa e em prefeituras.
Seu lugar-tenente e controlador do diretório municipal, Márcio Jerry, é conhecido pelas peripécias aprontadas na Prefeitura de Imperatriz antes mesmo de se tornar comunista.
E trouxe para o PCdoB os mesmos vícios e mazelas que diz combater.
Esta é a história do comunismo recente no Brasil.
História de esquemas, corrupção e negócios escusos, como revelam investigações…