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A “polêmica” em torno de uma dissertação de mestrado

“Mas será o que o assunto tem profundidade para ser estudado?”, disse a âncora do Jornal do SBT, Raquel Sheherazade, em relação a dissertação de mestrado aprovada em segundo lugar da estudante Mariana Gomes sobre a funkeira Valeska Popozuda.

Acontece que o desconhecimento da jornalista, também reflete o de muitos aqueles que restringem o que deveria e o que não deveria ser objeto de estudo da academia.

E a resposta é: tudo serve de objeto de estudo da academia, a partir do momento em que uma grande população consome ou vive aquele objeto.

Se gosta ou não de funk, o problema não é esse, mas sim a discussão para se chegar ao entendimento de como a noção de feminismo e cultura mudou e como este fato se apresenta na favela. Esta é, em suma, a proposta da estudante.

Um fato que, se a academia ignora e não estuda, ninguém mais o fará. E não será ignorando o fato que ele deixará de existir, independente do gosto de A ou B.

O preconceito e a arrogância dos ditos esclarecidos muitas vezes prejudica o avanços dos estudos e enraíza cada vez mais tabus.

Pois justamente na academia que não deveria ser lugar de ideias arcaicas, mas sim de esclarecimentos.

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