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Greve ou aumento de passagem

Representantes dos Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte se reuniram ontem, sem acordo (Foto: De Jesus/O Estado do Maranhão)

Do blog de Daniel Matos

Usuários de ônibus de São Luís estão entre a cruz e a espada. Após nova alegação de falência do sistema, apresentada pelos empresários, e diante de mais um impasse na negociação entre patrões e empregados, os cidadãos que usam coletivos para se locomover na Ilha fatalmente sofrerão as consequências de mais uma greve do transporte ou arcarão com um reajuste de passagem.

Aberta ontem, a mesa de negociação entre os Sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte de Passageiros não registrou qualquer avanço. Enquanto motoristas, cobradores e fiscais reivindicam reposição salarial de 15% e reajuste de 25% no valor do tíquete-alimentação, os donos de empresas gareantem não ter condições financeira de atendê-los.

É quase certo que não haja acordo, como em anos anteriores. Intransigentes, as duas partes estão dispostas a ir até o fim. No caso dos trabalhadores, a luta é para ter direitos reconhecidos. Quanto aos empresários, estes nem cogitam em ter o seu lucro ainda mais comprometido, como vêm alegando, ano após ano.

Em meio à polêmica, ainda não se viu nenhuma manifestação do poder público município. A tendência é que a prefeitura espere até o último momento. A propósito, a lógica é que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) escale como porta-voz do seu governo na questão a secretária de Trânsito e Transportes, Myrian Aguiar, que tem larga experiência nesse tipo de negociação, mas também mantêm forte ligação com os empresários, inclusive elos familiares.

Sem entendimento entre as partes, há dois caminhos: o reajuste da tarifa, o que poderia resolver o problema, pelo menos por enquanto, ou uma greve, e todos os seus transtornos, já bastante conhecidos pela população da capital.

Mesmo com a intervenção sempre providencial da Justiça.

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