A sucessão de tumultos, confusões, erros, ditos e não-ditos que marcam estes quase quatro meses de gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PTC) contrasta com uma característica cada vez mais perceptível de sua personalidade: a absoluta incapacidade de tomar decisões e de assumir sua gestão publicamente.
Holandinha parece se esconder para se eximir das responsabilidades.
Todo mundo diz o que quer em seu governo – e ele nunca fala por si.
A demonstração da falta de comando começou a ser evidenciada ainda na transição: o vice-prefeito Roberto Rocha (PSB) admitiu a possibilidade de aumento de passagens de ônibus e foi desautorizado pelo então futuro secretário de Comunicação, Márcio Jerry (PCdoB).
Mas Holandinha não deu “um pio” sobre o assunto, preferindo tomar lugar incerto e não sabido.
O esconderijo e a fuga parece ser outra característica do prefeito.
Sempre que confrontado com um problema – político, pessoal ou administrativo – ele nunca é encontrado para falar.
Foi assim no confronto Roberto Rocha/Márcio Jerry, foi assim na crise da falta de recursos para o Carnaval, na Semana Santa e, mais recentemente, na visita do ex-ministro José Dirceu.
Nestes episódios, ele sempre se esconde e deixa alguém falando em seu lugar.
E tem sempre alguém falando no lugar do prefeito: aliados, secretários, assessores, puxa-sacos…
Qualquer coisinha ele adoece e resolve sumir do mapa. Entra em depressão com facilidade impressionante. E não consegue bater na mesa.
Está sendo assim no caso da demissão dos Serviços Prestados e na decretação do colapso no sistema de transporte.
Este blog já disse não ver preparo suficiente em Edivaldo Júnior para o exercício do cargo de prefeito.
Este blog também já disse que, para começar a governar, é fundamental que ele determine o que fazer e bata na mesa.
Mas, por enquanto, ele tem preferido ficar embaixo dela…