O nível de promiscuidade na relação de empresários com políticos, policiais, membros do Judiciário e do Ministério Público chegou a um ponto insuportável.
E foi no meio desta relação promíscua que surgiram os agiotas, facínoras que se aproveitam do acesso que têm com prefeitos, deputados, juízes, advogados, promotores e policiais, para roubar dinheiro público com disfarces de fornecimento de obras e serviços.
É por isso que este blog apoia a instalação de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar a relação de membros do Legislativo, Executivo e Judiciário com as quadrilhas de agiotas que assolam o Maranhão.
E só poderão dizer isso assinando o pedido de CPI do deputado Raimundo Cutrim (PSD).
Os chefes do Executivo – estadual e municipal – também não podem fazer vista grossa contra prefeitos que se locupletaram do dinheiro público para pagar agiotas.
E a polícia – estadual e federal – precisa levar às últimas consequências as investigações, sem protecionismos ou manipulações, garantindo também o apoio fundamental de todas as instâncias do Judiciário.
Deputado não pode ter negócios com agiotas; prefeitos não podem vender a prefeitura para agiotas. Juízes e policiais não podem sequer cogitar sentar na mesma mesa que agiotas.
Nem a imprensa pode se dar ao luxo de trocar telefonemas amigáveis com gente deste tipo – muito menos estar em confraternizações com eles.
E o caso também não pode ser levado apenas pela ótica da política.
A governadora Roseana Sarney (PMDB) não pode se preocupar apenas com prefeitos aliados; o líder oposicionista Flávio Dino (PCdoB) também não pode ficar preocupado com os que se relacionam com ele.
“Quem for podre que se arrebente”, deve ser a linha de pensamento de todos neste momento.
Com esta atitude, todos irmanados, a agiotagem será banida do Maranhão.
E, naturalmente, as instâncias de poder no estado serão curadas, todas elas.
O primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto poder…