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Feliciano outra vez

Virou a válvula de escape para o Congresso Nacional fazer do deputado Marco Feliciano (PSC) a frente de bombardeios da mídia e da população.

Mesmo ele sendo só a ponta do iceberg, ele desempenha seu papel de desviar todas as atenções para si com louvor.

Cada frase proferida ou projeto sugerido vira motivo de debate pelo simples fato de tudo que ele fala ser de tamanho absurdo que poucos acreditam no que acontece.

Mas é real. E outra vez o debate deve ser reaberto sobre a estadia do parlamentar a frente da Comissão de Direitos e Minorias.

Isto porque o presidente da CDHM elaborou um projeto que autoriza o tratamento psicológico ou a terapia para alterar a orientação sexual de gays.

Ok. O que se pode dizer sobre isso é que a intenção seja dar liberdade aos que gostariam de procurar ajuda psicológica para tal.

Seria interessante se o homossexualismo fosse uma doença psicológica. Contudo, nenhum estudo até hoje comprovou se é genético muito menos que seja patológico.

Afinal, o comportamento homossexual já foi identificado em mais de 400 espécies de animais na natureza, incluindo leões.

No mais, os homossexuais que procuram ajuda psicológica o fazem justamente para lidar com o preconceito e se aceitarem da forma que são.

O que, aliás, deveria receber atenção da CDHM e não contrário, se a intenção do deputado fosse realmente ajudar as minorias em questão.

Indo mais além, o problema não é o projeto de lei em si, mas a importância dada por Feliciano em tão pouco tempo a frente da CDHM a um projeto sem base científica.

Enquanto questões mais urgentes envolvendo as minorias sociais vão ficando em segundo plano.

Com esse projeto, já deu para observar a escala de prioridades de Marco Feliciano e o que deve vir por aí.

Oremos.

Com redação de Aline Alencar

Marco Aurélio D'Eça

5 Comments

  1. Eu concordo com Jonatan. Mas quero dizer que sou evangélico, sou a favor de Feliciano porque ele me representa e também a minha família. Eu não sou homofóbico, tenho amigos homossexuais, parceiros de serviços também. Agente não discrimina ninguém, mas infelizmente a mídia generaliza e aumenta as dificuldades. Marco Feliciano pode até tropeçar em algumas circunstâncias, que é óbvio, ele não Deus. Nunca conseguiremos mudar o planeta apenas mudando pessoas, é preciso ter coragem, garra e principalmente ser fiel a Deus para ter sucesso de vitórias após grandes lutas…

  2. Vamos dar um desconto pra ela, kkkk. Essas materias de blog geralmente sao extremamente superficiais. ela deve ter escrito isso num rascunho qualquer, sem preocupação nenhuma.

  3. Muita gente acredita que a ciência deveria deixar essa polêmica de lado. O argumento é que gays existem e pronto – não há nada, além disso, para entender. Para elas, perguntar sobre o que leva uma pessoa a ser gay é uma atitude preconceituosa que supõe que a heterossexualidade não precisa de explicação. Cientistas, no entanto, defendem a necessidade de pesquisa, argumentando que elas podem acabar – ou pelo menos diminuir – preconceitos. “Os homossexuais são muitas vezes acusados de exibir um comportamento não natural. A única maneira de refutar essa acusação é pesquisar as causas das diferentes orientações sexuais”, diz a bióloga transexual Joan Roughgard, professora da Universidade Stanford e autora do livro Evolution’s Rainbow (“Arco-Íris da Evolução”, sem tradução em português), em que analisa cerca de 300 casos de comportamento homossexual entre animais. Para o antropólogo Luiz Mott, presidente do Grupo Gay da Bahia, as pesquisas são importantes porque desconstroem a noção religiosa milenar de que homossexualidade é um comportamento diabólico e patológico. “Se comprovarem que há uma raiz genética, estará claro que a homossexualidade está nos próprios desígnios do Criador”, afirma.
    Outro argumento pró-pesquisas diz que saber a origem do próprio comportamento aplaca um pouco a ansiedade. “Vemos a preocupação do homossexual em não ser discriminado, mas também a dos pais, que se sentem responsáveis e querem entender até que ponto esse sentimento procede”, diz Carmita Abdo, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo e coordenadora do projeto Sexualidade, maior pesquisa já feita sobre os hábitos sexuais dos brasileiros.
    As tentativas de explicar a origem da homossexualidade incluem teorias que vão da mitologia à sociologia. No século 19, psiquiatras concluíram que ser gay era um transtorno mental causado por equívocos na criação da criança – e essa idéia reinou na maior parte do século 20. Mas se essa teoria estivesse correta, então seria possível evitar e até reverter quadros homossexuais. Ao perceber o fracasso total das terapias de “cura”, em 1973, a Associação Psiquiátrica Americana achou melhor retirar de sua lista de distúrbios mentais a atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Foi quando o termo mudou de nome: homossexualismo deu lugar a homossexualidade – porque o sufixo “ismo” denota doença. A essa altura, os cientistas já consideravam ser gay uma variação absolutamente natural do comportamento humano.
    Até que em 1991 o neurocientista anglo-americano Simon LEVAY, gay declarado, anunciou ter encontrado diferenças em cérebros de homens gays e héteros. LEVAY examinou o hipotálamo, zona-chave da sexualidade no cérebro, e descobriu que a região chamada INAH-3 era entre 2 e 3 vezes menor nos gays. Era a primeira indicação da origem biológica da homossexualidade. Mas, como várias pesquisas da área, a de LEVAY tinha limitações: os gays do estudo haviam morrido em decorrência da AIDS e talvez a doença fosse responsável pela diferença. E, mesmo que essa diferença não estivesse relacionada com a AIDS, era impossível determinar se ela era causa ou conseqüência da experiência gay. Apesar das dúvidas, a descoberta abriu caminho para estudos que reforçam a suspeita de que a homossexualidade vem do útero. “Minhas pesquisas sugerem que algo acontece muito cedo na vida dessas pessoas, provavelmente na vida pré-natal”, diz LEVAY.
    Mas o quê? Parte da resposta veio em 1993 com as pesquisas de Dean Hamer, do Instituto Nacional do Câncer, nos EUA. Hamer percebeu que dentro das famílias havia muito mais gays do lado materno. A descoberta atraiu sua atenção para o cromossomo X (mulheres têm dois cromossomos X, enquanto os homens têm um X e um Y). Em seguida, a descoberta: usando um escâner, Hamer viu que uma região do cromossomo X, a Xq28, era idêntica em muitos irmãos gays. O que ele descobriu não foi propriamente um único gene gay, mas uma tira de DNA transmitida por inteiro. A notícia provocou rebuliço, e não era para menos. Mesmo contestada por outros estudos, a conexão entre genes e orientação sexual sugere que as pessoas não escolhem ser homossexuais, mas nascem assim. A comunidade gay começou a ver na ciência a resposta contra a idéia de que seu comportamento era “antinatural”.
    Aconselho Aline Alencar a fazer uma pesquisa antes de comentar qualquer assunto desta e de outra natureza, para que não caia no ridículo.

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