Lupi discursa a pedetistas, ao lado de Weverton e Julião (Imagem: blog Frederico Luiz)
O PDT foi o principal fator estruturante da campanha do então candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) à Prefeitura de São Luís, em 2012. Os pedetistas deram a Holandinha, além de tempo de TV, uma forte militância em todas as regiões de São Luís e uma estrutura partidária consolidada em 20 anos de poder na capital.
Nenhum outro partido da aliança que elegeu Edivaldo deu mais suporte a ele – nem PSB, muito menos PTC e PcdoB. Na verdade, sem o PDT, Holandinha cogitava nem ser candidato.
Estranhamente, no entanto, o PDT é o partido mais maltratado pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior, desde o início do governo.
Os pedetistas abriram mão da vice-prefeitura, mas não foram compensados com outros postos.
Quando tudo estava acertado para que ficassem com a presidência da Câmara Municipal, o pai do prefeito, ex-deputado Edivaldo Holanda, inventou a candidatura da vereadora Helena Duailibe (PMDB), que acabou rachando a base do prefeito.
Militância participa ativamente do encontro (imagem: blog do Frederico Luiz)
Depois da posse, os pedetistas começaram a ver seus postos em direção de escolas e conselhos comunitários sendo substituídos por indicações do PCdoB. E para completar, viu uma de suas principais lideranças, Júlio França, ser acusado, ainda que indiretamente, de cometer “vícios e irregularidades” em sua passagem pela Secretaria de Abastecimento.
Se não teve a presidência da Câmara, o PDT também não conseguiu ocupar espaços de poder na administração holandina.
Atualmente, controla apenas a Secretaria de Esportes. Outras duas pastas prometidas ao partido – Trabalho e Juventude – já oram descartadas pelo prefeito E. de H. Jr.
Por tudo isso é que o presidente nacional da legenda, ex-ministro Carlos Lupi, esteve em São Luís ontem, e mandou recado direto ao prefeito Holandinha:
– O nosso partido foi de fundamental e estratégica importância para o prefeito, e ele sabe disso – disse Lupi, em entrevista ao jornal O EstadoMaranhão.
E para bom entendedor, meia palavra basta…