A revelação de que o ex-juiz Flávio Dino (PCdoB) frauda suas agendas na Embratur para esconder que está fazendo campanha no Maranhão – quando deveria estar trabalhando em Brasília – é só um aspecto da sua história de muito blábláblá e pouca ação efetiva nos compromissos que se dispôs a assumir.
Ele sempre foi aluno brilhante, é fato – já que teve as condições financeiras para estudar nas melhores escolas.
Estudioso e inteligente, tinha sempre as melhores notas da turma, mas pouco afeito ao trabalho duro, ao dia-dia efetivo da vida estudantil e militante.
Desde os tempos de estudante ele é assim: arrogante, pouco afeito ao trabalho propriamente dito e muito de imagem.
E sempre contou com a dedicação canina do fiel escudeiro Márcio Jerry, responsável por construir artificialmente sua imagem de “preparado intelectualmente”, “gestor de sucesso” e “trabalhador competente”.
No movimento estudantil nunca foi para a linha de frente. Sempre soube manipular para colocar gente a agir por ele, enquanto assumia os louros de eventuais vitórias e se preservava das derrotas, responsabilizando terceiros.
Gente como o petista Erionaldson Castro servia aos seu propósitos na época de Maristas e de Ufma. Outros, como Igor Lago, também conviveram com Dino no período estudantil – e todos sabem a opinião que o filho de Jackson Lago tem do “comunista”.
A carreira de juiz também foi construída com muita mídia e pouca efetivdade.
Nos anos em que esteve na Justiça Federal – concurso em que passou como primeiro da turma, é verdade – são poucas as notícias de participação efetiva em julgamentos importantes.
Boa parte da carreira ele passou nas entidades de classe da categoria, afastado da ação judicantge a que se propô quando passou no concurso.
Nos últimos anos de juiz, foi da associação de magistrados, sempre em trabalhos de reivindicações de classe; atuou também em função burocrática no Conselho Nacional de Justiça, até deixar a magistratura por um mandato de deputado federal, “comprado” pelo então governador José Reinaldo Tavares (PSB).
E nem para se eleger teve trabalho.
Sua votação foi toda garantida pelo esquema reinaldista, com votações expressivas em Caxias e Tuntum, cidades pouco ou quase nunca visitadas pelo ex-juiz.
Na Câmara Federal contou novamente com a ajuda canina de Márcio Jerry e sua fixação adolescente pela internet.
Enquanto o demais parlamentares estavam em plenário, discursando ou votando projetos de interesse, em reuniões em ministérios, Flávio Dino estava com Jerry, arregimentando jornalistas em votações virtuais em concursos de “melhor deputado disso”, “melhor daquilo”, “melhor daquilo outro”.
Quem se lembra de um discurso de peso de Flávio Dino na tribuna da Câmara Federal?
E foi assim que ele foi construindo sua imagem, com muita mídia e pouco trabalho efetivo, sustentado intelectualmente por seguidores fieis, que preparam discursos, montam declarações e planejam ações.
Até chegar à presidência da Embratur, com a leniência do senador José Sarney.
Hoje, todos os releases que apontam Dino como “melhor disso” ou “melhor daquilo” na área do turismo, perceba, partem primeiro da prancheta de Márcio jerry, divulgada em sites comunistas e por blogs alugados pelo esquema, até cehgar à imprensa, dando o verniz de trabalhador ao chefão do comunismo.
Verniz que, se percebe agora, é construido artificialmente nos bastidores midiáticos.
Por que trabalho mesmo, é que o menos Flávio Dino gosta.
Ele gosta mesmo é de blábláblá político.
E a agenda fraudada da Embratur não deixa mentir…