A cúpula da Segurança Pública maranhense pode morrer de ódio, mas a história contada à Justiça pelo “bandidin” Jhonatan de Souza, assassino confesso e Décio Sá, é bem mais verossímil que a versão apresentada ano passado pela polícia.
A imagem de assassino serial, frio e calculista, destemido, serviu apenas aos interesses midiáticos da Rede Globo e companhia – e atendeu também ao interesses da polícia, que precisava criar uma elucidação espetaculosa para a morte do jornalista.
Mas não condiz com o perfil mosrtrado pelo próprio assassino ao longo das investigações.
Este blog sempre questionou a imagem de serial killer criada pela polícia para Jhonatan de Souza. Ninguém mata “cerca de 50 pessoas”, como disse o secretário Aluísio Mendes, sem que nenhum inquérito tenha sido aberto e sem que nenhuma família tenha se apresentado para reclamar os supostos corpos.
O próprio Jhonatan tratou de desfazer este mito midiático em depoimento ao juiz da 1ª Vara do Tribunal do Juri.
O assassino do Pará é apenas um bandido chinfrin, capaz de qualquer negócio em troca de uns trocados. Assaltaria banco, roubaria velhinhas ou venderia drogas simplesmente por que é um bandido sem ofício definido.
E foi o que fez para Júnior Bolinha: matou Décio e Fábio Brasil esperando receber o dinheiro prometido. Antes destas mortes, apenas uma assassinato, em uma briga de bar em Santa Inês.
Analisada com olhar frio, a história de Jhonatan contada pela Polícia, apesar de floreada pelo tempero de Aluísio Mendes, é muito mais a de um amador no ofício de matar. Os furos deixados pelo assassino não condizem com o perfil de um bandido experiente, já acostumado a fazer o que o secretário disse que ele fez.
Nenhum matador corre os riscos que ele correu, se expondo da maneira como se expôs, em frente à casa da vítima, conversando com flanelinhas e se expondo, à luz do dia, em frente ao trabalho de quem iria matar.
Atrapalhado e bisonho, o assassino deixou cair o carregador da arma, ainda cheio de balas. Depois, enterrou a arma em uma cova rasa, há menos de 200 metros do local do crime – e bem próximo do próprio carregador, como se quisesse ser descoberto.
Sem falar no fato ainda inexplicado de ter perdido Décio Sá e saído de bar em bar na Litorânea, em busca de seu alvo.
História pra boi dormir.
A partir daí, a farsa de Jhonatan de Souza é ainda mais fantasiosa, supostamente contada em depoimento à polícia: depois da execução, ele andou a pé, sem camisa, até a curva do 90, no Vinhais. E, mesmo assim, conseguiu pegar um taxi, que o levou ao ferry boat, por onde fugiu.
Que taxista maluco iria dar parada a um homem sem camisa e descalço em plena madrugada de iníocio de semana?
Ainda mais bisonha é a história de que o matador voltou a São Luís para receber o restante do “pagamento”. E enquanto aguardava, se juntou a outros bandidos, praticando pequenos roubos e traficando drogas em São Luís, assim, comos e nada tivese acontecido – até ser preso, quando resolveu contar tudo à polícia. Tintim, por tintim.
Esta é a farsa de Jhonatan Souza, o serial killer da Secretaria de Segurança maranhense.
Que virou pó, literamente, na fase judicial do caso Décio…