Esta pseudo-teoria é usada também por todo tipo de cretino que se esconde por trás do tripé “Tradição, Família e Propriedade” – de adúlteros a pedófilos; de agressores de mulheres a praticantes de swing e orgias.
Ora, os gays já se “casam” muito antes de o Supremo Tribunal Federal reconhecer a legalidade das uniões homoafetivas.
E nada mudou na sociedade por causa disso – nem melhorou nem piorou.
As famílias ditas “tradicionais” continuam crescendo e prosperando, criando seus filhos, educando e seguindo a vida normalmente. Nenhum filho de casal gay tornou-se gay apenas por que o pai ou a mãe o são – ou pai e pai; ou mãe e mãe, o que sejam.
Os líderes evangélicos se opõem ao casamento gay pura e simplesmente por que este é o seu negócio. Os tais bispos, apóstolos, reverendos e pastores defendem uma espécie de “reserva de mercado”: querem garantir que seu negócio não irá falir com uma possível debandada de fiéis.
E jogar uma pecha de praga social em avanços como o casamemto gay, a legalização do aborto e a liberação da maconha é só uma das formas de forçar o Estado a assumir a causa.
Mas, como se disse, este é o ofício destes “líderes”.
E os cretinos? Os cretinos, como todos os infames, vão na onda da moralidade para esconder o próprio escárnio.
Geralmente, um anti-gay é também um inimigo do casamento monogâmico, um explorador de mulheres, um pedófilo ou um “feitor” de três ou quatro famílias ao mesmo tempo.
Querem mostrar “moral e bons costumes” para esconder a própria imoralidade.
Os gays são gays por que assim o são, não por escolha ou opção. São por que é esta a sua condição sexual. E como tal, devem ser respeitados em sua individualidade – assim como são respeitados homem e mulher, criança e adolescente, idosos…
Dar direito a esta minoria não tornará a sociedade mais ou menos gay; nenhum heterossexual será prejudicado por isso. Ninguém passará a ver gays transando em praça publica – assim como não se costuma ver casais ditos “naturais”.
Brigar contra esta realidade social é um atestado de ignorância cultural, intolerância social e boçalidade religiosa.
Reflete, de fato, a consciência do chamado “homem natural”, aquele troglodita ancestral, que vivia nas cavernas.
Mas isso há milhões de anos…