O PCdoB depende totalmente das legendas que o cercam para viabilizar a candidatura do seu chefão, Flávio Dino, ao Governo do Estado.
Sem eles, o partido não tem qualquer influência política – nem na TV, devido ao tempo diminuto na propaganda – nem na estrutura de campanha, ainda que seu financiador, Dedé Macêdo, compre vários helicópteros para servir à campanha.
Mas o comunista corre sérios riscos de perder a base partidária.
O PSB já anunciou que terá candidato próprio ao governo. Provavelmente o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, que esperou manifestação de apoio de Flávio Dino à sua candidatura ao Senado, o que nunca ocorreu.
Com ele, pode ir o MD, que tem a deputada Eliziane Gama como principal articuladora. E se não for com o PSB, o MD provavelmente seguirá com o governo, nunca com o PCdoB.
A pressão do PSB tem uma razão de ser: a candidatura do governador Eduardo Campos (PE) à presidência. Seria uma forma de forçar Dino a apoiá-lo, mas o comunista teme se afastar de Dilma Rousseff (PT).
Além disso, Eduardo Campos tem como vice em Pernambuco um militante do PDT, que herdará o governo assim que o titular se desincompatibilizar para concorrer.
Neste caso, o PDT também poderia fechar com o PSB no Maranhão, como contrapartida à chegada do poder em Pernambuco.
Seria a união do útil com o agradável, já que os pedetistas maranhenses não andam lá “muito católicos” com os comunistas tupiniquins – os dois partidos disputam espaços de poder na gestão de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Caso não consiga manter as legendas unidas, Flávio Dino tem uma última alternativa: levar para seu palanque o PSDB, via ex-governador José Reinaldo Tavares (ainda no PSB), que tem forte influência no partido.
Os tucanos, porém, ainda se ressentem da forma truculenta como o partido foi tratado pelos comunistas, tanto em 2012 quanto em 2008.
Diante do cenário, desenha-se para Flávio Dino uma coligação nanica, com PCdoB, PTC e pequenos partidos, sem expressão política ou midiática.
E o resultado disso será o isolamento eleitoral…